Fapeg e CNPq investem R$ 10,2 milhões para atrair pesquisadores doutores em Goiás

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), lançou na última sexta-feira, dia 18, a chamada pública 28/2024, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (PDCTR), para a seleção de pesquisadores doutores.

O investimento total será de R$ 10,2 milhões, distribuídos em três modalidades de bolsas, com o objetivo de fortalecer a pesquisa científica e tecnológica no estado de Goiás.

Com apoio direto do Governo de Goiás, por meio da Fapeg, o programa visa atrair doutores desvinculados do mercado de trabalho para instituições de ensino superior, institutos de pesquisa e empresas públicas e privadas que atuem na inovação.

Os recursos serão destinados a fomentar até 44 bolsas ou até atingir o valor do investimento previsto no edital, reforçando o compromisso do estado com o desenvolvimento científico e a inovação.

“Essa ação é mais um exemplo da visão do Governo de Goiás de fomentar a ciência e a tecnologia como motores de crescimento e competitividade,” destaca o presidente da Fapeg.

A chamada está aberta até 22 de novembro e as inscrições devem ser feitas pela plataforma Sparkx-Fapeg sparkx.fapeg.go.gov.br. A duração das bolsas será de 36 meses, e os valores variam de acordo com o tempo de obtenção do título de doutorado, indo de R$ 5.250,00 a R$ 7.750,00.

Foco no fortalecimento regional e na interiorização

edital destaca dois eixos de atração de pesquisadores: a regionalização e a interiorização. O primeiro visa trazer doutores de outras regiões do Brasil e de outros países para instituições na Região Metropolitana de Goiânia e Anápolis.

Já a vertente de interiorização tem como objetivo atrair doutores já radicados em Goiás para instituições fora da área metropolitana de Goiânia, promovendo o fortalecimento de grupos de pesquisa no interior do estado – uma prioridade estratégica para Goiás.

Do total de R$ 10,2 milhões investidos, a maior parte (R$ 8,9 milhões) será destinada pelo CNPq ao pagamento das bolsas e benefícios como auxílio-instalação e deslocamento.

A Fapeg complementará com R$ 1,36 milhão para custear despesas adicionais, como um auxílio de até R$ 50 mil para projetos desenvolvidos em instituições de ensino e pesquisa. Nos casos em que o projeto for realizado em uma empresa, o auxílio financeiro será de contrapartida da própria empresa acolhedora.

Prioridades estratégicas

A seleção dos projetos dará prioridade àqueles alinhados com as áreas estratégicas definidas pelo Governo de Goiás, como Tecnologia da Informação, Energias Renováveis, Mineração, Biotecnologia, Saúde, e a Biodiversidade do Cerrado. A interiorização da ciência e a promoção de novos grupos de pesquisa também estão no centro das metas estabelecidas para esse programa.

Acesse aqui o edital

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp