Última atualização 08/03/2023 | 14:21
O farmacêutico que vendeu o medicamento por engano pode ter o registro profissional suspenso, segundo o Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CFR-GO). O remédio vendido em questão pode ter causado a morte de um bebê de dois meses, em Formosa, município goiano no Entorno do Distrito Federal.
De acordo com o órgão, houve uma apuração no estabelecimento para descobrir se foi um atendente, balconista ou o próprio farmacêutico que realizou a venda. Porém, de qualquer forma, a responsabilidade é do profissional de Farmácia, responsável pelo treinamento e preparação dos colaboradores. Conforme o CRF-GO, a confusão das embalagens que resultou na entrega do medicamento errado foi causada por alguém inexperiente. No entanto, a receita estava legível, o que significa que não haveria motivo para erro.
Em nota, o CRF-GO lamentou a morte do bebê e anunciou a abertura de uma investigação interna. De acordo com o órgão, o objetivo é avaliar e julgar a ocorrência em questão. Caso seja comprovado a culpabilidade do farmacêutico responsável pelo atendimento, existe a possibilidade de suspensão ou até mesmo cancelamento do registro profissional dele, além de uma multa, com valor ainda a definir.
Relembre o caso
Um bebê morreu suspeito de ingerir um colírio que teria sido vendido por engano em uma farmácia de Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O caso ocorreu na madrugada do último domingo, 5. De acordo com a Polícia Civil (PC), o medicamento receitado corretamente, e que a criança deveria ter tomado, era para evitar vômito e enjôo.
A mãe do pequeno Ravi Lorenzo contou que ele estava com sintomas como náuseas, vômito e febre, e por este motivo ela levou o menino para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Chegando ao local, após examinar o bebê, o médico prescreveu três remédios, um deles, a “bromoprida”, que evita vômitos.
O avô da criança que foi atrás dos remédios e comprou tais medicamentos. Conforme a prescrição, a mãe medicou o bebê e, em seguida, ele começou a chorar e gritar de dor.
A mãe do menino informou que, ao contrário do que o médico receitou, o remédio vendido pela farmácia foi o “tartarato de brimonidina”, um colírio para o tratamento de glaucoma. Ao retornar a UPA após Ravi começar a chorar e gritar de dor, os médicos chegaram a intuba-lo, porém ele não resistiu.