Na última sexta-feira, 16, em entrevista ao “Conversa com Bial”, Fátima Bernardes contou o motivo de ter deixado o “Jornal Nacional”.
“Eu sofro de uma coisa chamada ansiedade. Eu sou muito preocupada com acomodação. Eu pensei: estou numa posição muito desejada, a que mais sonhei. Será que daqui a 10 anos vou continuar com meu olho brilhando? Eu fiz de tudo que eu podia no ‘JN’. Será que eu vou fazer mais o quê? O que me tirou da bancada foi uma inquietação com o que viria daqui a alguns anos. Eu não queria não dar um sorriso verdadeiro”, contou.
“Eu comecei a criar uma crise de ansiedade. Nesse dia, tinha um horário eleitoral, um bloco a mais, eu falei que não ia dar conta. Eu comecei a passar mal. Eu arriei na bancada. Depois disso, tive outras vezes. Eu não dava mais o meu melhor. Era mais fácil dizer isso do que dizer que não queria mais fazer. Eu meio que desenvolvi essa crise, tratei como labirintite. O William identificou como crise de ansiedade dois anos depois”, complementou a jornalista .
O cargo na bancada do JN foi por muito tempo um sonho para Fátima Bernardes. “Virou um sonho a partir do momento em que vi a Lilian Witte Fibe sentar ali pela primeira vez. É engraçado como a representatividade é importante. Eu só via homens fazendo aquilo. No dia que vi a Lílian sentando, falei “então pode, né?”, ai passou a ser um desejo”, finalizou a apresentadora.