Fátima Mrué e Elmo Construtora prestam depoimento à CEI das Obras Paradas

Nesta segunda-feira (18), a CEI das Obras Paradas, que investiga irregularidades em obras paradas em Goiânia, ouve, à pedido do relator Eduardo Prado, a secretária de Saúde, Fátima Mrue e o proprietário da Elmo Engenharia e Incorporações, Jeová Elmo Pinheiro, que na ocasião será representado pelo engenheiro Guilherme Resende. A obra que está sendo discutida, é a do Hospital e Maternidade Oeste, paralisada desde janeiro, no setor Vera Cruz II.

De acordo com Prado, a reunião com a presença de Mrue e do representantes da Construtora, é importante pois “um fica jogando a culpa no outro e nada se resolve. E esse jogo de empurra-empurra pode incorrer no absurdo de termos que devolver os recursos com correção para o governo federal.”

Diversas irregularidades foram apontadas pela Caixa Econômica Federal, interveniente do contrato, como o projeto elétrico, o Atestado de Viabilidade Técnica Operacional e o não pagamento da contrapartida proporcional ao desembolso. Do outro lado, a construtura responsável afirma que não recebeu os valores de julho a dezembro de 2017.

Também será questionado o termo assinado, pela Secretaria de Saúde, em janeiro de 2018, de paralisação da obra por tempo indeterminado mesmo com constando no contrato a data de finalização da obra para fevereiro de 2019.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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