Fazendeiro considerado um dos maiores desmatadores da Amazônia é preso em Goiás

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu nesta quarta-feira, 3, um fazendeiro apontado como um dos maiores desmatadores da Amazônia. A prisão foi cumprida após um mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça de Altamira, no Pará. Geraldo Daniel de Oliveira foi preso em uma casa no Setor Oeste, em Goiânia.

Segundo a corporação, o mandando foi expedido pelos crimes de associação criminosa e falsidade ideológica. Até o momento, não há informações se mais alguém foi preso junto com o fazendeiro e nem se algo foi apreendido com ele.

Crimes

Conhecido como Geraldinho, o suspeito foi preso em junho de 2022, no Pará. Ele foi alvo de uma operação da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa (Segup), que investigou o desmatamento de mais de mil hectares de terra dentro da área de proteção ambiental de São Félix. Na ocasião, dois funcionários do fazendeiro foram autuados por porte ilegal de arma.

O suspeito possuía mais de R$ 40 milhões em multas aplicadas pelo Ibama, mas foi solto pouco tempo depois.

Segundo a investigação, Geraldo devastou a região para transformar em área de pasto e vender as madeiras derrubadas. O ritmo do desmatamento era intenso e, para que fosse efetuado, o fazendeiro contratava pessoas para promover queimadas na unidade de conservação e, também, motoqueiros para ameaçar agentes ambientais.

A área destruída na Amazônia equivalente a 6 mil campos de futebol.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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