Um fazendeiro de Jussara, município localizado a 225 km de Goiânia, é investigado pela Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), por captação irregular de água no Rio Araguaia.
A investigação, que foi iniciada em 2021, revelou que o fazendeiro suspeito possui cerca de 30 pivôs para retirar água de forma ilegal de um lago do Ribeirão Água Limpa, que é afluente do Araguaia.
De acordo com o delegado Luziano de Carvalho, titular da Dema, o proprietário da fazenda, que já foi identificado, será intimado a prestar depoimento. Se ficar comprovado que os equipamentos foram instalados sem as devidas licenças ambientais, o sistema poderá ser embargado.
“O Rio Araguaia está secando porque muitos afluentes estão secando. Especialistas já disseram que o Água Limpa não tem capacidade para suportar a retirada de um volume tão grande de água. O prejuízo pode ser irreversível”, afirmou o investigador.
Pena
O proprietário que está sendo investigado ainda pode responder pelo crime previsto na Lei 9.605/98 que é, “construir, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes”. A pena de detenção varia entre um a seis meses, e/ou multa.
Desmatamento
Ainda segundo o delegado, equipes da Dema, também apuram outros casos de desmatamento, instalação de sistema irregular de drenagem em área de preservação ambiental e morte de peixes, durante uma atuação na Operação Temporada do Araguaia 2022. O trabalho de investigação que é executado há mais de 20 anos, é intensificado nos meses de junho e julho.
“Nosso objetivo é promover a consciência ecológica de fazendeiros, ribeirinhos e turistas”, concluiu o delegado.
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