Fazendeiro que mandou matar corretor em Rio Verde tem prisão decretada pela Justiça

O fazendeiro Renato de Souza, de 55 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça durante uma audiência de custódia realizada nesta sexta-feira, 2, em Rio Verde. Ele foi preso suspeito de mandar matar o corretor de imóveis, Wellington Freitas, de 67 anos, achado carbonizado próximo de sua fazenda para não pagar a comissão de R$ 8 milhões que devia à ele pela venda de uma fazenda avaliada em R$ 300 milhões.

Renato teria paga R$ 150 mil para Rogério Oliveira (suspeito de matar corretor), Rogério Teles (suspeito de ajudar no crime) e Caio Rodrigues Lima (suspeito de ajudou no crime) para matar o corretor, conforme o Juiz Ronny Andre Wachtel. Todos estão presos os envolvidos foram presos, sendo que Rógerio Teles tambén teve a prisão temporária decretada.

Welington teria sido morto estrangulado com uma corda dentro do próprio carro, no último dia 20 de junho. O corpo foi queimado e abandonado perto de uma fazenda que o corretor havia comprado há pouco tempo. Uma perícia da Policia Civil (PC) apontou que a vítima disse que ele ainda respirava quando colocaram fogo no corpo dele.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp