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FBI abre inquérito sobre espionagem da CIA

Última atualização 09/03/2017 | 15:12

O FBI, a polícia federal norte-americana, abriu nesta quarta-feira (8) uma investigação criminal sobre o caso de espionagem realizado pela Agência Central de Inteligência (CIA) denunciado pelo site WikiLeaks. De acordo com fontes ouvidas pela “CNN”, o objetivo da investigação iniciada pelo FBI e coordenada pela CIA é “na verdade para descobrir se por trás da perda de dados há funcionários federais ou contratados”.


Na última terça-feira (7), O site WikiLeaks apresentou uma nova série de denúncias contra a CIA , e divulgou 8761 documentos que apontam o uso de softwares elaborados para invadir smartphones, computadores e até mesmo TVs conectadas à internet de empresas norte-americanas e europeias, como Iphone, da Apple, Google Android e Microsoft, e eletrônicos da Samsung, que são transformados em microfones secretos.


Os documentos do site são “extremamente perigosos e nos coloca em risco”, afirmou o ex-diretor da CIA, Michael Hayden. A principal preocupação do governo é se o site publicar códigos secretos que revelam como são realizadas as operações de inteligência da agência, o que pode causar o roubo de hackers.


“Eu acho que Julian Assange é um inimigo dos EUA e isso deve ser levado em conta na avaliação das coisas que ele diz. Eu sei que os norte-americanos usam Samsung, Iphone, mas só porque temos a capacidade de entrar nesses dispositivos não significa que trabalhamos contra os norte-americanos”, acrescentou Hayden.


Embora a CIA não tenha confirmado a autenticidade dos arquivos, o vazamento aumenta as suspeitas de que a agência norte-americana tenha ultrapassado os limites de vigilância.


Entretanto, a agência MI5, serviço secreto de segurança nacional do Reino Unido, teria sido cúmplice da Agência Central de Inteligência (CIA) norte-americana ao fazer a espionagem por televisores e celulares.


Segundo a imprensa britânica, a MI5 teria sido responsável de recolher os dados e transferi-los para a CIA, principalmente dos televisores da Samsung da série F8000 invadidos por uma ferramenta desenvolvida pela própria agência.


*Com informações do IG