FBI ajudará Equador a esclarecer assassinato de candidato presidencial

Um grupo de agentes do FBI, departamento federal de investigação dos Estados Unidos, deve chegar hoje (11) ao Equador. Segundo o presidente equatoriano, Guillhermo Lasso, a direção da agência, equivalente norte-americana à Polícia Federal brasileira, aceitou pedido para ajudar nas apurações do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

“Solicitei o apoio do FBI à investigação do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. A Agência Federal de Investigação e Inteligência dos Estados Unidos aceitou nosso pedido e, nas próximas horas, uma delegação chegará ao país”, informou Lasso, em suas redes sociais, nessa quinta-feira (10).

Villavicencio, 59 anos, foi morto a tiros quarta-feira, 9, a 12 dias do primeiro turno das eleições presidenciais. O candidato do Movimento Construye se despedia de seus apoiadores após participar de um ato de campanha em Quito, quando homens fortemente armados se aproximaram atirando. Ao menos mais nove pessoas foram feridas no atentado, entre elas um candidato a deputado e três seguranças de Villavicencio.

O Ministério Público já denunciou seis suspeitos de participação no crime, detidos logo após o atentado. Segundo a Promotoria, os seis acusados são colombianos e, contra eles, já foram reunidas várias provas e indícios da participação, incluindo imagens de câmeras de segurança e uma impressão digital encontrada em uma motocicleta abandonada por um dos acusados.

No local do crime, peritos recolheram um fuzil e farta munição. Especialistas da equipe antibomba da polícia detonaram uma granada que os criminosos lançaram contra os seguranças de Villavicencio.

Ex-dirigente sindical, Villavicencio tornou-se jornalista e ficou conhecido por denunciar casos de corrupção e a atuação do crime organizado no país. Em 2021, elegeu-se deputado federal de oposição ao ex-presidente Rafael Correa. Acusado de difamar Correa, foi condenado a 18 meses de prisão. Escapou para o Peru, na condição de perseguido político, e só retornou ao Equador após Correa deixar a presidência. Ameaçado de morte, passou a deslocar-se com proteção policial.

Villavicencio ocupava o quinto lugar na corrida eleitoral, segundo recentes pesquisas de opinião pública. Suas propostas de governo incluíam o combate às organizações criminosas – a exemplo de outros candidatos que, de olho nas pesquisas, identificaram a preocupação dos eleitores com os crescentes índices de criminalidade e com a sensação de insegurança. O primeiro turno das eleições presidenciais equatorianas está marcado para ocorrer no próximo dia 20.

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Avião cai no Cazaquistão e deixa 42 mortos

Cerca de 42 passageiros de um avião morreram após a queda da aeronave em Aktau, no Cazaquistão. O voo comercial da Azerbaijan Airlines contava com 67 pessoas a bordo, sendo 62 passageiros e cinco tripulantes, e caiu na manhã desta quarta-feira, 25. Além dos mortos, outras 22 pessoas foram hospitalizadas.

Segundo a empresa, não havia crianças entre os passageiros”. O comunicado da companhia diz ainda que os “sobreviventes estão recebendo assistência médica inicial” e que “contatos estão sendo estabelecidos com as autoridades cazaques”, além do “suporte operacional necessário pelas agências de resgate de emergência do Cazaquistão (que estão) no local.

Mais de 50 socorristas atuaram no local do acidente para a extinção do fogo e atendimento aos sobreviventes. Segundo a empresa de tráfego aéreo, entre os passageiros estavam 37 cidadãos do Azerbaijão, seis do Cazaquistão, três do Quirguistão e 16 russos.

Aeronave

O avião foi identificado como Embraer 190, de matrícula J2-8243, fabricado no Brasil, saiu de Baku, no Azerbaijão, com destino à cidade de Grósnia, na Rússia.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que o avião deu voltas no ar com o trem de pouso aberto antes de perder altitude e colidir com o solo, explodindo após o contato.

Em comunicado, a Azerbaijan Airlines informou que a aeronave “fez um pouso de emergência a aproximadamente 3 km da cidade de Akatu”.

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