Febre do Nilo atinge cavalos e produtor rural

A Febre do Nilo é uma virose de transmissão vetorial, ou seja, há necessidade de um vetor, o mosquito. O vírus pode infectar aves, humanos, cavalos e outros mamíferos. Sendo assim, é considerada uma zoonose, além de ser uma doença causada por um vírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, assim como os vírus da Dengue e da Febre Amarela.

O principal reservatório e hospedeiro amplificador do vírus são algumas espécies de aves silvestres, pois sua disseminação vem ocorrendo devido ao processo de migração característico de aves que se deslocam para outras regiões do mundo. As aves são hospedeiros naturais e podem ou não apresentar sintomatologia clínica. Já os humanos e os cavalos são hospedeiros acidentais, que não participam da transmissão subsequente da doença, pois o vírus não alcança viremia suficiente para ser transmitido ao vetor.

No Brasil, a partir de 2003, o Ministério da Saúde incluiu a Febre do Nilo Ocidental na Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória. Em 2011, o vírus foi encontrado nas regiões amazônica e do pantanal. Países como Colômbia e Venezuela já haviam apresentado evidências da passagem de ameaças no continente.

Assim como dengue, zica e chikungunya, o vírus da Febre do Nilo Ocidental pode causar manifestações neurológicas como encefalite, meningite, síndrome de Guillan-Barré, entre outras. Em equinos, os sintomas são: febre, incoordenação motora, perda de apetite, cegueira, cabeça baixa, fraqueza muscular, paralisia parcial e convulsões.

O diagnóstico definitivo deve excluir outras doenças neurológicas, como a raiva. Para o diagnóstico laboratorial as técnicas recomendadas são: o isolamento viral, a imunofluorescência direta e outros, quanto ao tratamento, propõe-se o suporte com hospitalização, fluidos intravenosos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias.

A segunda maior avifauna do planeta está no Brasil. Aqui chegam centenas de espécies de aves migratórias do Hemisfério Norte – onde o vírus tem sido isolado com frequência – e há grande diversidade de espécies de vetores. A entrada e a manutenção do vírus na região estão favorecidas.

O controle da FNO é realizado, atualmente, por meio da vacinação dos susceptíveis e do controle de vetores. Novas vacinas estão em teste no exterior, além de vírus vivo modificado e inativado. No Brasil ainda não há vacinas.

 

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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