As creches para pets chegaram em Goiânia e fazem muito sucesso. O estranhamento da ideia passou há muito tempo para os tutores, que veem no espaço uma oportunidade de cuidar melhor do bichinho. A falta de tempo e solidão deles em casa o dia todo são apontados como os principais motivos para a febre entre os seres humanos.
Os dados mais recentes do Centro de Zoonoses de Goiânia apontam que a capital abriga uma população de 200 mil cachorros. Um deles é o Duke. O golden retriever tem 2 anos e 6 meses e frequenta um desses espaços na cidade desde 1 ano de vida. A tutora dele, a empresária Tâmara Roriz, é só elogios. Segundo ela, o animal até mudou o comportamento para melhor.
“Não ficamos em casa e na creche ele tem suporte, atividades e interação com os demais bichinhos. É muito bom porque lá ele gasta as energias e come ração, embora em casa eu prepare alimentação natural”, afirma. Na unidade da Go Dog onde Duke fica, a entrada durante a semana de parte dos 350 “matriculados” começa às 7 da manhã e a saída ocorre até às 19 horas.
Para fazer parte do local, não basta desembolsar com planos mensais ou trimestrais de R$230 a R$744 ou com diárias avulsas de R$60. São necessários apresentação de cartão de vacinas completo e atualizado, comprovação de vermífugo e carrapaticidas e ainda avaliação comportamental para que o bichinho possa desfrutar de piscina, brincadeiras variadas e descanso após o almoço.
Na rotina diária, os pets podem dormir, assim como em qualquer outra creche, de acordo com um dos sócios da empresa, Hébert Costa. “Eles têm o horário de descanso todos os dias. A soneca é das 13h às 15h. Quando não querem, nós deixamos de fora do dormitório com um monitor. Os tutores ajudam a sair da rotina comemorando aniversários com bolos comestíveis para pet e balões e com direito à música de ‘Parabéns’ ”, explica.
O cardápio diferenciado segue à risca a orientação do dono do cachorrinho. “Tem dogs que só comem se adularmos, outros se esquentarmos a comida, se misturarmos comida à ração, alguns se alimentam apenas com por refeições de marmitex ou comida light, como batata doce”, detalha Hébert. Além da comodidade da estrutura física e monitores 24 horas por dia, os tutores contam com acesso às câmeras para acompanhar o desenvolvimento dos cães.