Febre Oropouche: Notificações aumentam na região; casos em Ubá, Rio Novo e Bom Jardim de Minas. Piau e Tabuleiro lideram lista.

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Febre Oropouche: Número de notificações aumentam na região, e Ubá, Rio Novo e Bom Jardim de Minas têm primeiros casos

Piau e Tabuleiro lideram lista das cidades com mais pacientes infectados, segundo atualizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Febre de Oropouche pode ser transmitida pela picada de maruim e pernilongo.

Uma nova atualização com o número de notificações da febre Oropouche foi divulgada pelo Diário do Estado de Minas Gerais (SES-MG).

Segundo a pasta estadual, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), identificou 336 amostras que testaram positivo para a doença no estado, pelo método RT-PCR, até o dia 29 de janeiro.

Na região, Piau segue liderando a lista, totalizando 108 casos. Tabuleiro apresentou a maior alta, entre os boletins dos dias 14 e 29 de janeiro, com acréscimo de 13 novas notificações.

Já Ubá, Rio Novo e Bom Jardim de Minas tiveram o primeiro registro. Confira os dados completos abaixo:

– Piau: + 10 casos (total: 108)
– Tabuleiro: + 13 casos (total: 19)
– Coronel Pacheco: + 6 casos (total: 10)
– Ubá: 2 casos confirmados
– Juiz de Fora: + 1 caso (total: 3)
– Rio Novo: 1 caso confirmado

SITUAÇÃO MAIS CONTROLADA EM PIAU

Segundo a Secretaria de Saúde de Piau, o município está registrando uma menor procura por atendimento nas últimas duas semanas. Mesmo com a diminuição dos possíveis casos, as equipes continuam monitorando os que tiveram teste positivo para a doença.

“Estamos realizando um acompanhamento dos pacientes que tiveram casos positivos, tanto com exames laboratoriais quanto com questionários sobre os sintomas que essas pessoas tiveram. Outro ponto é o acompanhamento de perto com as gestantes que testaram positivos, que estão fazendo exames mais frequentes em relação do que as demais gestantes, para tentarmos entender um pouco sobre o que a doença pode ou não ocasionar nestas gestações”, explicou o médico Diego Henrique de Oliveira.

O QUE É A FEBRE?

A febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Após picarem uma pessoa ou animal infectado, eles mantêm o vírus no sangue por alguns dias. Quando picam outra pessoa saudável, podem transmitir o vírus.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença tem dois ciclos de transmissão. São eles:

Ciclo Silvestre:

Neste processo, os animais, como bichos-preguiça e macacos, são os reservatórios do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Culex diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem ser responsáveis pela transmissão. No entanto, o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor.

Ciclo Urbano:

Aqui, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O maruim também é o vetor principal. Além disso, o mosquito Culex quinquefasciatus (conhecido como pernilongo ou muriçoca), comum em ambientes urbanos, também pode, ocasionalmente, transmitir o vírus.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

– Dor de cabeça
– Dor muscular
– Dor nas articulações
– Náusea
– Diarreia

* Semelhantes aos da dengue e chikungunya.

DOENÇA NÃO TEM TRATAMENTO

Embora a febre Oropouche possa causar complicações sérias, como meningite ou encefalite, que afetam o sistema nervoso central, esses casos são raros.

Apesar disso, ela não possui um tratamento específico, assim como a dengue.

O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem, recebam tratamento para os sintomas e sejam acompanhados por médicos.

PREVENÇÃO

– Evitar áreas com muitos mosquitos, se possível
– Usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele
– Manter a casa limpa, eliminando possíveis locais de reprodução de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.

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