Fechamento da maternidade faz primeira vítima em Senador Canedo, denuncia mãe que perdeu a filha

“O médico olhou pra mim e falou que se a maternidade tivesse funcionando ele faria meu parto naquele momento”

Gestante de 39 semanas, moradora de Senador Canedo disse ao Diário do Estado nesta tarde (25/08) que estava fazendo o acompanhamento de pré-natal na Clínica de Atenção à Saúde da Mulher, no Jardim das Oliveiras, quando o médico a informou que não poderia realizar o parto dela no local por falta de estrutura e pediu para que ela fosse para Goiânia para realizar a cesárea, foram horas de espera e a bebê acabou não resistindo. A mãe fez a denuncia por meio das redes sociais no Instagram @CanedensesGO.

“Eu creio que demorou demais para tirar minha filha, faltou oxigênio para ela respirar e minha filha não está mais comigo, eu acho que tem que melhorar, porque tem muitas gestantes no munícipio e espero que não aconteça com elas o que está acontecendo comigo, eu não desejo isso pra ninguém”, relatou a mãe.

Após o fechamento da Maternidade Aristina Cândido para reforma e que não tem data de previsão de início e entrega do local, conforme disse a assessoria de imprensa ao jornal, gestantes do munícipio estão enfrentando dificuldades no atendimento médico e estão tendo que se deslocar para Goiânia à procura de atendimento.

Ouça o desabafo da mãe:

 

O espaço continua aberto para versão da Prefeitura de Senador Canedo.

* Bárbara Marina especial para Diário do Estado 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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