Federação Israelita de SP critica declarações de Lula e acusa Brasil de se isolar no cenário internacional

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Após declaração de Lula sobre Gaza e Irã, Federação Israelita de SP afirma que
Brasil se isola e ‘ignora realidade dos fatos’

Lula discursou nesta manhã na 17ª Cúpula dos Brics e afirmou que solução em Gaza
‘só será possível com o fim da ocupação israelense e o estabelecimento de um
Estado palestino’. Segundo a federação, presidente escolhe ‘caminho da retórica
ideológica, e não da responsabilidade diplomática’.

Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter voltado a usar a palavra “genocídio” para se referir ao conflito na Faixa de Gaza e ter citado “violações à integridade territorial do Irã” durante discurso neste domingo (6) na 17ª Cúpula do Brics, a Federação Israelita do Estado de São Paulo se manifestou por meio de nota e afirmou que declarações isolam o Brasil no cenário internacional.

A entidade informou que “manifesta profunda indignação diante das recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sessão ‘Paz e Segurança e Reforma da Governança Global’ do Brics, neste domingo (6)”.

“Ao voltar a acusar Israel de genocídio e defender que a solução do conflito passa exclusivamente pelo fim da ‘ocupação israelense’, o presidente ignora, mais uma vez, a realidade dos fatos, escolhendo o caminho da retórica ideológica, e não da responsabilidade diplomática”, diz o texto.

“Aos que realmente buscam a paz, é preciso ter coragem para apontar os verdadeiros culpados

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP) manifesta profunda indignação diante das recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde o massacre promovido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel vive sob ataque. Famílias foram destruídas. Mulheres foram estupradas. Crianças foram executadas. 50 pessoas seguem sequestradas há mais de 630 dias em Gaza, sendo vítimas diárias de tortura física e psicológica. No entanto, para o presidente da República, esse horror parece invisível.

Lula não menciona o Hamas. Não exige a libertação dos reféns. Não condena os mísseis lançados sobre civis israelenses. Mas condena Israel, a única democracia do Oriente Médio, por defender sua população.

Ao falar em ‘genocídio’, o presidente desrespeita mais uma vez a memória das vítimas do Holocausto e banaliza um dos crimes mais graves da história da humanidade. Sua fala não é apenas falsa, é perigosa. Ela legitima o terrorismo, estimula o antissemitismo e isola o Brasil no cenário internacional ao colocá-lo ao lado de regimes ditatoriais que sufocam liberdades.

A recente reportagem da revista The Economist, classifica com precisão a atual política externa brasileira como ‘incoerente’ e ‘hostil ao Ocidente’. Um país que condena ataques a instalações iranianas, ignorando o fato de que o Irã financia o Hamas e reprime brutalmente mulheres e minorias, não está promovendo a paz. Está escolhendo lados. E escolheu o lado errado.

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