Feira Hippie e Cavalhadas podem se tornar patrimônio histórico de Goiás

Feira Hippie e Cavalhadas podem se tornar patrimônio histórico de Goiás

A Feira Hippie e as Cavalhadas, dois grandes legados culturais de Goiás, estão em processo de registro para se tornarem Patrimônio Histórico e Cultural do Estado.

“O objetivo do estado é preservar e proteger os patrimônios históricos, considerados bens imateriais, garantindo legalmente a proteção e manutenção deles”, declarou o secretário de Estado de Cultura (Secult), César Moura.

A Secretaria de Estado de Cultura é o órgão responsável por gerir todos os trâmites do processo, por meio da Superintendência de Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico, realizando pesquisas e levantamentos em conjunto com a comunidade. A execução desses trâmites consiste em documentar e acompanhar a dinâmica das manifestações culturais registradas, bem como estimular ações de apoio, promoção, divulgação e rentabilização desses bens, por meio de estudos, levantamento de documentação e produção de instrumentos que salvaguardam o bem cultural.

Toda essa ação é feita em conjunto entre o Estado, os estudiosos da cultura e os detentores do bem, para que a força da proteção legal não prejudique o patrimônio.

Atualmente os processos de registro da Feira Hippie e das Cavalhadas estão em fase de instrução para a produção dos Dossiês Técnicos. A expectativa é que todo esse andamento aconteça nos próximos meses, para que a documentação necessária seja produzida conferida e anexada ao Dossiê para a aprovação final do Conselho Estadual de Cultura.

O que é o registro de bens culturais?

O registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial e o Programa de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Goiás foram criados pelo Decreto 8.408, de 2015, regulamentado pela instrução publicada no Diário Oficial nº 23.141 de 20 de setembro de 2019.

O documento envolve a descrição do processo de produção, circulação e consumo; contexto cultural; informações históricas sobre o bem; documentação histórica disponível (fotografias, documentação audiovisual, materiais informativos de diferentes mídias etc.) referências à formação e continuidade histórica do bem, assim como as transformações realizadas ao longo do tempo e as proposições de ações para salvaguarda do bem visando sua continuidade.

Por meio de instrumentos como a identificação, a pesquisa, o inventário e o registro, é possível estabelecer políticas públicas eficazes para cuidar e zelar pela preservação e continuidade do patrimônio.

Todo esse processo é instruído com documentação e informações sobre o bem cultural, oriundas de extensa pesquisa. O dossiê elaborado será posteriormente apreciado e deliberado pelo Conselho Estadual de Cultura do estado.

História das Cavalhadas

Realizado há mais de 200 anos em Goiás, o Circuito das Cavalhadas inclui atualmente 12 municípios que receberão as festividades: Corumbá, Crixás, Hidrolina, Jaraguá, Palmeiras de Goiás, Pilar, Pirenópolis, Posse, Santa Cruz de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, São Francisco de Goiás e a cidade de Goiás.

As cavalhadas encenam batalhas medievais entre mouros e cristãos, quando o exército muçulmano, depois de conquistar Portugal e Espanha, resolve invadir a França.

A festa une religiosidade, fé, cultura, turismo e valorização de tradições que misturam elementos sagrados e símbolos pagãos atraindo milhares de turistas às cidades, que movimentam a economia, mobilizando os moradores e visitantes a reviverem toda a história.

História da Feira Hippie

Já a Feira Hippie é considerada a maior feira ao ar livre do Brasil e da América Latina com aproximadamente 7 mil bancas. A feira acontece às sextas, sábados e domingos, em um ponto histórico e turístico da cidade, a Praça do Trabalhador, ao lado do Terminal Rodoviário de Goiânia, próximo à antiga Estação Ferroviária da capital.

A história da feira começa no final da década de 60, quando alguns hippies expunham suas peças no Mutirama e, posteriormente, na Praça Universitária e na Praça Cívica, até chegarem ao local que se encontra atualmente.

A feira é composta por montadores que se organizam e contam com associação própria e também com a Rádio Hippie que leva informação e música aos feirantes e visitantes.

A comercialização forte do local e a moda, sempre atual e com preços bem em conta, atraindo excursões de todo Brasil e Mercosul. Também são encontrados produtos de diversos setores como artesanato, calçados, produtos importados, artigos regionais, comidas típicas de Goiás e de outros estados e países, mostrando a diversidade cultural da Feira Hippie.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp