Última atualização 15/10/2021 | 13:41
Na última terça-feira (12), o zagueiro Fellipe de Jesus, do Atlético-GO, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias durante atividade. Com 18 anos, o jogador foi atendido no Centro de Treinamento do Dragão, no Setor Urias Magalhães, e levado às pressas para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). O atleta segue em condições estáveis, mas ainda internado e entubado no local.
O Atlético-GO promoveu uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (13) com o presidente do clube, Adson Batista, o coordenador médico Avimar Teodoro e o médico Lucas Ricci. A intenção foi conversar melhor sobre o ocorrido, os procedimentos adotados e os depoimentos. “Queríamos estar aqui para falar sobre o time, o nosso momento, mas infelizmente uma fatalidade aconteceu no Centro de Treinamento. Graças a Deus, tudo foi feito da forma que é exigido, e o Atlético está cercado de todos os exames, como com qualquer atleta”, iniciou Adson.
Entenda o caso Fellipe de Jesus
Na manhã de terça, (12), durante treinamento envolvendo jogadores profissionais e das categorias de base, Fellipe de Jesus sofreu um mal súbito e foi prontamente atendido pelo médico Lucas Ricci.
“O jogador caiu ao chão, começou a convulsionar. Apalpei o pulso carotídeo dele e vi que tinha entrado em parada cardiorrespiratória. Iniciei as massagens, voltou o pulso dele. Com isso, para ter um maior respaldo pós-PCR, quis encaminhá-lo a um serviço com suporte melhor, no CAIS do Urias. No caminho, ele teve outra parada e fizemos manobras para abrir as vias aéreas. Chegando lá, a equipe do hospital foi muito solícita”, contou.
Segundo o coordenador Avimar Teodoro, o Atlético-GO adota todo o suporte necessário para os seus atletas. “Todos os jogadores, quando chegam ao clube, são rigorosamente testados por todo o departamento médico. Os exames todos estão aqui, inclusive com datas. O teste ergométrico, por exemplo, foi feito no dia 8 de setembro, são exames recentes e dentro do padrão de normalidade. Foram passados por um cardiologista especializado e liberados para um esporte de alto rendimento. Foi uma fatalidade que ocorreu, e o Atlético está à disposição da família”, afirmou.
De acordo com Avimar, se Lucas Ricci não estivesse à beira do gramado no momento em que aconteceu o mal súbito, Fellipe de Jesus não teria resistido. No momento, a condição do jovem zagueiro é estável. Diferentes exames estão sendo realizados para entender melhor o caso do jogador, considerando que ele não possui nenhum histórico de problemas cardiovasculares.