Uma tragédia chocou o Distrito Federal recentemente, quando uma menina de 7 anos foi vítima de feminicídio praticado pela madrasta, Iraci Bezerra dos Santos Cruz. O crime ocorreu após a criança expressar o desejo de morar com uma vizinha, o que desencadeou a reação violenta da madrasta. A mãe da menina, Fabiana Marinho, relatou que a filha não queria voltar para a casa do pai, onde vivia com a madrasta.
Fabiana conta que a criança pediu para voltar para sua residência na noite anterior ao crime, demonstrando claramente sua preferência por estar com a mãe. A madrasta, Iraci, confessou o assassinato à Polícia Civil, alegando que cometeu o ato depois que a menina disse que preferia morar com outra pessoa. A mãe destaca que a madrasta já apresentava comportamento agressivo e fazia uso de drogas, evidenciando a negligência do pai ao permitir que a filha ficasse sob os cuidados da agressora.
A irmã da vítima relatou que a menina não queria retornar para a casa do pai no início daquela semana fatídica, revelando sinais de desconforto e receio em relação à madrasta. Outros episódios envolvendo a agressora já tinham sido relatados pela criança, como tentativa de envenenamento do pai. Fabiana descreve sua filha como uma criança amorosa, sensível e tranquila, sem maldade e sem capacidade de se defender diante das atrocidades cometidas pela madrasta.
O pai da menina afirmou que a convivência entre a madrasta e a vítima era considerada normal, mas após o crime, descobriu-se que Iraci possuía um mandado de prisão em aberto por um homicídio praticado no Pará. A Polícia Civil classificou o caso como feminicídio, com agravantes de meio cruel, motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima, relação de madrasta e a vítima ser menor de 14 anos. A pena para esses crimes pode chegar a 40 anos de prisão.
Diante de tamanha tragédia, a família clama por justiça e espera que tanto a madrasta quanto o pai, por negligência, sejam responsabilizados pelos atos que resultaram na morte da menina de apenas 7 anos. O caso gerou comoção e revolta na região do Distrito Federal, e reforça a importância de medidas de proteção às vítimas de violência doméstica e de gênero. A sociedade espera que casos como esse não se repitam e que as leis sejam aplicadas de forma efetiva para prevenir novas tragédias como essa.




