A ex-secretária de assistência social da cidade de Santaluz, Aline Maiane Ribeiro Cunha, foi morta com golpes de canivete enquanto fazia uma viagem de carro em Salvador. O crime aconteceu na segunda-feira (9) e o principal suspeito é o filho da vítima, que foi preso em flagrante. De acordo com a família, ele tem histórico de surtos psicóticos.
Segundo a Polícia Civil, na ocasião Aline estava sentada no banco do carona e o marido dela dirigia o carro. O filho do casal, que é suspeito de cometer o crime, estava sentado no banco traseiro. Durante a viagem, o suspeito pegou um canivete e golpeou a mãe no pescoço e nas costas. Aline foi socorrida pelo marido para o Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana, mas não resistiu aos ferimentos.
Enquanto o pai socorria a mãe, o suspeito fugiu. Horas depois, ele se apresentou em uma unidade policial e contou à polícia que o pai havia atacado a mãe, versão foi descartada devido às circunstâncias do crime. Ainda de acordo com a Polícia Civil, já foi solicitada à Justiça a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva.
O crime chocou a cidade de Santaluz, onde Aline era conhecida e respeitada. A população local se mobilizou em busca de justiça e segurança para a família da vítima. A morte trágica da ex-secretária trouxe à tona a importância do combate à violência doméstica e familiar, evidenciando a necessidade de medidas de prevenção e proteção das vítimas.
O caso também levanta questões sobre saúde mental e o acesso a tratamentos adequados para quem sofre com distúrbios psicológicos. O histórico de surtos psicóticos do suspeito mostra a fragilidade do sistema de saúde mental no país e a urgência de políticas públicas eficazes nesse sentido. A sociedade clama por respostas e soluções que impeçam a ocorrência de tragédias como essa.
Diante de mais um caso de feminicídio, é fundamental que a sociedade e as autoridades ajam de forma proativa na proteção das mulheres vítimas de violência. A tragédia envolvendo a ex-secretária de Santaluz serve como alerta para a necessidade de um trabalho contínuo de conscientização e enfrentamento da cultura machista e da impunidade que ainda persistem em nossa sociedade. O legado de Aline deve ser a luta por um mundo mais justo e igualitário para todas as mulheres.