Feminicídio: Goiás é o 9º estado no ranking de casos registrados em 2022

Feminicídio: Goiás é o nono estado no ranking de casos registrados em 2022

De acordo com os dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Goiás é o nono estado brasileiro em números de feminicídios em 2022, com 56 casos registrados. Tal número é maior do que foi registrado em Santa Catarina, com 55 registros, Ceará, 28, Espírito Santo, 33, e Mato Grosso, 47.

A variação do número de feminicídios de 2022 em relação ao ano de 2021 é de 1,6%, em Goiás. O número de feminicídios em Goiás corresponde a 40,9% dos números de homicídios de mulheres em outras situações nas quais não se enquadram como feminicídio, de acordo com o Código Penal Brasileiro.

Entretanto, o número registrado de tentativas de feminicídios, em Goiás, foi 168 no ano de 2022, o que representa um aumento de 16.66% se comparado ao número de tentativas registrados pelas autoridades de segurança pública no anterior.

Números de feminicídios no Brasil também aumentaram em 2022

Os estados brasileiros que mais registram casos de assassinato de mulheres considerados feminicídio, ou seja, que foram mortas por serem mulheres, foram São Paulo, com 195 casos, Minas Gerais, 171, Rio de Janeiro, 111, Rio Grande do Sul, 110 e Bahia, 107.

No Brasil, o Anuário indica que o número total de casos de feminicídios no ano passado foi de 1.437, um aumento de 6.68% em relação ao ano anterior. Quanto ao número de tentativas registradas no País, foi observado um aumento de 17,51% em 2022 em relação a 2021, passando de 2.181 para mais de 2.5 mil tentativas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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