Feminicídio na 25 de Março: Empresária é morta em São Paulo, chocando o país

A brutalidade do feminicídio chocou não apenas os moradores da região da 25 de Março, em São Paulo, mas também todo o país. O vídeo do crime circulou pelas redes sociais, mostrando o momento em que Denilson Bento atira na ex-mulher, Gianeriny Santos Nascimento, durante uma discussão.

Diante da gravidade do caso, a Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do empresário de 55 anos, que agora aguarda julgamento em um Centro de Detenção Provisória (CDP). Robson Cyrillo, advogado responsável pela defesa de Bento, lamentou a situação, mas respeitou a determinação do segredo de Justiça, impedindo maiores pronunciamentos sobre o caso.

O crime ocorreu em plena luz do dia, em frente a uma loja de produtos de beleza fundada pela vítima. Mesmo com tentativas de intervenção por parte de testemunhas, Denilson Bento disparou três tiros que atingiram o abdômen de Gianeriny Santos. Populares conseguiram imobilizar o agressor até a chegada da polícia, que o deteve em flagrante.

Jane, como era conhecida a empresária de 40 anos, deixou para trás cinco filhos e dois netos, sendo os dois menores frutos do relacionamento com Denilson Bento. A tragédia abalou não apenas a família da vítima, mas também toda a comunidade local e os espectadores das redes sociais, que acompanharam incrédulos a violência do feminicídio.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo realizou a apreensão da arma utilizada no crime, assim como dois celulares e o automóvel do autor. A perícia foi acionada e o caso foi registrado como feminicídio, reforçando a necessidade de combate à violência contra as mulheres e a importância de políticas de proteção e prevenção. Que Jane Nascimento seja lembrada não apenas como mais uma estatística, mas como um grito por justiça e respeito à vida.

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Elefante-marinho-do-sul fêmea é tratada e volta ao mar em Guarujá (SP)

Elefante-marinho-do-sul fêmea que encalhou em praia volta para o mar após uma semana; VÍDEO

Animal foi encontrado na Praia das Astúrias, em Guarujá (SP). Ele foi transferido para a Praia do Monduba, na mesma cidade, onde foi tratado e se recuperou.

Elefante-marinho-do-sul volta ao mar após atendimento no litoral de SP

Elefante-marinho-do-sul fêmea que foi encontrado em Guarujá, no litoral de São Paulo, retornou ao mar. Ele encalhou na Praia das Astúrias, no dia 13 de novembro, e recebeu atendimento por parte do Instituto Gremar. Vídeos, obtidos pelo DE, mostram o animal entrando na água (assista acima).

O encalhe foi registrado na tarde do dia 13, mas o elefante-marinho passou a noite na praia acompanhado pelo Gremar.

Segundo o Instituto, a fêmea de cerca de 2 metros pesava aproximadamente 200 kg, o que é considerado abaixo do normal. Ela demonstrava sinais de exaustão e tinha alterações nos exames de sangue iniciais.

No corpo, não foram encontradas lesões aparentes, somente algas e epibiontes – organismos que vivem sobre outros seres vivos. Segundo o Gremar, a equipe optou por realizar a translocação do animal para um local mais reservado na cidade, a Praia do Monduba, que não tem tantos turistas.

A transferência aconteceu no dia 14, com o apoio logístico do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), Polícia Militar Ambiental, Guarda Civil Municipal e do Exército Brasileiro, já que a praia fica em área militar.

O animal foi mantido em um recinto provisório construído no local para que pudesse completar o atendimento terapêutico. Lá, foi monitorado, hidratado e medicado antes de voltar ao mar.

Ainda de acordo com o Gremar, nos últimos dias foram realizados novos exames de sangue, e os resultados apresentaram melhoras consideráveis. O animal também se mostrou mais reativo aos manejos, então a equipe o considerou apto a voltar ao mar.

Na última quarta-feira (20), o recinto foi aberto para que o elefante-marinho voltasse ao mar quando estivesse confortável, o que aconteceu por volta de 13h.

O biólogo Alex Ribeiro explicou ao DE que este é o final da temporada para o aparecimento de animais como o elefante-marinho na Baixada Santista. A espécie, que chega a até quatro metros, vem da região da Patagônia e é normalmente encontrada no Sul da América do Sul.

“Eventualmente eles param na praia por um período de descanso e depois retornam para o mar. Ou, quando param, estão machucados, podem estar feridos, com alguma espécie de lesão. Aí, precisam de algum cuidado médico veterinário”, disse Alex.

O especialista explicou que, ao contrário das fêmeas, os machos possuem uma protuberância na frente da cabeça, o que explica o nome inusitado. Essa característica morfológica é importante nas colônias, pois os machos brigam entre si por territórios ou fêmeas.

Elefante-marinho-do-sul foi cuidado por equipes do Instituto Gremar em Guarujá (SP) — Foto: Instituto Gremar/Divulgação

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