Mulher é morta carbonizada após companheiro atear fogo no quarto em que ela estava no norte do Paraná, segundo informações da polícia local. O suspeito, identificado como Elizângelo de Azevedo, de 43 anos, foi preso em flagrante no município de Nossa Senhora das Graças. Este não foi o primeiro caso de violência envolvendo o casal, uma vez que Azevedo já havia sido detido anteriormente por agredir a vítima, Maria Aparecida Moraes Siqueira, de 27 anos, em março deste ano.
De acordo com as autoridades, o feminicídio ocorreu após uma discussão entre o casal que culminou com o homem ateando fogo no quarto onde a vítima estava e trancando a porta. O Delegado responsável pelo caso, Wagner Malaquias, informou que, mesmo alegando inocência, Elizângelo foi confrontado com evidências que apontavam para a sua culpabilidade, como a ausência de fechadura na porta do cômodo incendiado.
A mãe de Maria Aparecida, que também residia com o casal, testemunhou o crime e confirmou às autoridades que sua filha foi vítima do genro. Segundo o relato da testemunha, a tragédia teve origem em uma briga entre o casal. Ainda no local do crime, os policiais encontraram um galão de gasolina, indício que reforçou as suspeitas sobre a autoria do feminicídio. O suspeito, por sua vez, poderá responder por feminicídio e ameaça, estando detido na cadeia pública de Maringá.
O histórico de violência doméstica protagonizado por Elizângelo de Azevedo contra Maria Aparecida Marques Siqueira tem um capítulo anterior. O agressor já havia sido preso por lesão corporal contra a vítima em março deste ano, sendo liberado da prisão de forma provisória após três meses. No entanto, em agosto, a vítima solicitou a revogação das medidas protetivas, culminando na trágica morte. Este é mais um triste episódio que evidencia a urgência na adoção de medidas efetivas de combate à violência doméstica, um problema de grande magnitude em nossa sociedade.
O caso chocante suscitou reflexões sobre a prevenção e o enfrentamento da violência contra a mulher. É importante destacar que o Paraná dispõe de canais de denúncia dedicados a combater a violência de gênero. Essas iniciativas visam oferecer apoio e proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade, além de promover a conscientização da sociedade sobre a gravidade desse problema social. A superação da violência doméstica passa pelo engajamento de toda a comunidade, na defesa dos direitos e da dignidade das mulheres. Mais do que nunca, é imprescindível unir esforços para construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos.