De acordo com divulgação do Centro de Previsão Climática da Administração dos Estados Unidos feita nesta quinta-feira, 8, o fenômeno El Niño está de volta. Há três anos, o padrão climático era o fenômeno La Niña, que reduz um pouco as temperaturas médias no planeta.
Entretanto, o El Niño retorna e, provavelmente, pode provocar o aumento da temperatura média. Ainda no mês de maio, o fenômeno havia sido anunciado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) com previsão para começar em 2023.
O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorim, explicou ao Diário do Estado (DE) que as mudanças das águas do Pacífico Equatorial não são entendidas de uma maneira imediata pela natureza. “As correntes de vento demoram um pouco. Nós veremos as características do fenômeno a partir de julho, quando teremos ele mais caracterizado”, afirma.
Em razão disso, os efeitos do El Niño serão percebidos no Centro-Oeste e no Estado de Goiás somente a partir do final de junho e nos meses de julho, agosto e setembro.
“Nós, da parte Centro e Norte do País, teremos chuvas abaixo da média, o que não quer dizer que não vai chover, mas serão chuvas abaixo da média. Outra situação prevista para julho, agosto e setembro, é termos as temperaturas acima da média para esse trimestre, provocadas pelo El Niño”, explana.
Como origina o El Niño
O fenômeno El Niño consiste em um padrão climático que começa no Oceano Pacífico na linha do Equador, quando os ventos que sopram de leste a oeste diminuem, chegando a mudar de direção, o que permite que as águas mais quentes confinadas no Pacífico, se espalhem para o leste até a América do Sul.
Segundo especialista ouvidos pela CNN, ainda não se tem uma resposta sobre o porquê isso acontece, mas se sabe que essa desaceleração dos ventos pode durar até meses. Dessa forma, o fenômeno El Niño pode aumentar as temperaturas no Brasil, provocando estiagens em regiões como Norte e Nordeste.