Feriado é marcado por ultrapassagens irregulares nas BRs de Goiás

PRF flagra

O final de semana prolongado pelo Feriado de Finados foi marcador por imprudências e muitas ultrapassagens nas rodovias federais que cortam o estado de Goiás. De sexta a terça-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou 550 veículos realizando ultrapassagens proibidas, conduta que refletiu em mortes durante o feriado. Ao todo, foram cinco óbitos, com quatro deles decorrentes de colisão frontal, com veículos invadindo a pista contrária.

O tempo chuvoso na boa parte do período exige ainda mais cautela e cuidados redobrados por parte dos motoristas. Além da imprudência nas ultrapassagens, a combinação de visibilidade prejudicada, velocidade incompatível com a pista e pneus sem condições de segurança, podem ter contribuído para a ocorrência de 39 acidentes registrados nas vias. Desse total, 50% aconteceu em saídas de pistas e colisões frontais.

Polícias rodoviários federais estiveram atentos e posicionados estrategicamente ao logo dos quase 3 mil quilômetros de rodovias com o objetivo de coibir as condutas consideradas mais graves e, assim, reduzir a quantidade de acidentes e mortes nas estradas, bem como inibir condutas criminosas.

De acordo com a PRF, a fiscalização abordou 7.980 veículos e deteve 22 pessoas nas BRs por crimes diversos. Entre as principais ocorrências, estão, por exemplo, motoristas sob efeito de álcool, sem cinto de segurança e ultrapassando em lugares proibidos. No total, foram 33 acidentes que deixaram 38 pessoas feridas e 5 mortos.

Apreensão de drogas

Durante a operação de feriado, a PRF também apreendeu dois grandes carregamentos de drogas nas rodovias, em Goiás.

Um caminhão boiadeiro foi apreendido transportando 300 quilos de cocaína em um fundo falso. O casal que fazia o transporte foi preso em Uruaçu, na região norte do estado. Além disso, em outra ocorrência, dois homens foram presos depois de tentarem fugir da fiscalização entre Jataí e Rio Verde, no sudoeste goiano. Com eles, a polícia encontrou 200 quilos de maconha.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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