Férias acendem alerta para o perigo dos afogamentos

O número de casos de afogamentos sofreu queda em Goiás no comparativo entre 2021 e 2022. Nos primeiros seis meses deste ano, o Corpo de Bombeiros registrou 47 ocorrências, enquanto no mesmo período do ano passado foram 60. Apesar disso, com as férias escolares se aproximando, acidentes em lagos, rios e piscinas se tornam comuns, visto que a população busca estas áreas para se divertir e descansar com a família.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os afogamentos ocorrem principalmente no Rio Araguaia, região Noroeste de Goiás, em clubes de Caldas Novas, região Sul, e nos lagos de Corumbá, Entono do DF e Serra da Mesa, região Norte. Para evitar esses acidentes, os militares recomendam o uso de coletes salva-vidas, avaliações das condições do local, como profundidade e correnteza, Além de se evitar entrar na água após refeições pesadas, ou ingestão de bebidas alcoólicas.

Major Juliano Borges Comandante do 18BBM – Goianésia e mergulhador de Resgate (Foto: Arquivo pessoal)

“Se todos usassem os coletes salva-vidas, nós reduziríamos os óbitos por afogamento para quase zero”, ressaltou o Major Juliano.

Diferentes das bóias convencionais, o colete salva-vidas é apontado pelos bombeiros como um equipamento de segurança aquática eficaz, que evita a morte por afogamento. No entanto, deve ser observado se o objeto oferece flutuabilidade, modelagem ajustada, boa amplitude de movimentos para os braços e dispositivos de ajuste bem eficientes. Vale ressaltar, que o colete não substitui a supervisão de um adulto, em casos de crianças banhistas.

Ainda de acordo com o major dos bombeiros, é de extrema importância que áreas de banho estejam delimitadas com especificação para faixa etárias. Para evitar que crianças entrem em locais de grande profundidade. Além da presença de guarda-vidas por perto. Mesmo sabendo nadar, a pessoa não deve deixar os cuidados de lado ao adentrar em lagos e rios.

“Jamais devemos superestimar nossas habilidades e capacidades, assim como não subestimar as adversidades e perigos oferecidos pelo ambiente aquático”, explicou o Major. Ainda segundo o militar, não é recomendado entrar na água após refeições pesadas, ou ingestão de bebidas alcoólicas, outros fatores, que ampliam os riscos de acidentes.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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