O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira em Maceió (AL) quando se preparava para viajar para Brasília, onde iria se entregar à Polícia Federal. A detenção imediata do político foi determinada na noite de quinta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo a defesa de Collor, ele está custodiado na superintendência da Polícia Federal em Maceió.
A prisão de Collor está relacionada a investigações sobre supostos desvios de recursos públicos ocorridos na época em que ele foi presidente do Brasil, entre os anos de 1990 e 1992. O ex-presidente é alvo de um inquérito que apura o recebimento de propina em contratos de publicidade de veículos de comunicação estatais.
Fernando Collor foi o primeiro presidente do Brasil a sofrer impeachment, em 1992, devido a denúncias de corrupção. Após sua saída da presidência, ele se tornou senador pelo estado de Alagoas, cargo que ocupou até 2007. Desde então, Collor segue atuando na política brasileira, sendo eleito novamente senador em 2007 e 2015.
A decisão de Moraes de determinar a prisão de Collor gerou repercussão na imprensa e nas redes sociais, com diversos comentários sobre a situação do ex-presidente. Alguns apoiaram a medida como forma de combater a corrupção, enquanto outros questionaram a legalidade da ação realizada pelo ministro do STF.
A defesa de Fernando Collor afirmou que está tomando as medidas cabíveis para garantir os direitos do ex-presidente durante o período de prisão preventiva. Segundo os advogados do político, eles estão preparando um pedido de habeas corpus para reverter a decisão de Moraes e garantir a liberdade de Collor enquanto o processo segue em andamento.
Até o momento, o ex-presidente não se pronunciou sobre sua prisão. A expectativa é de que ele preste esclarecimentos sobre as acusações que pesam contra ele nos próximos dias, conforme o desenrolar das investigações e procedimentos legais.
