O projeto apresentado em 2021 ganhou destaque esta semana com um pedido de tramitação em regime de urgência. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua preocupação com a proposta de lei que dá ao Legislativo o poder de demitir diretores do Banco Central, alegando que não vê justificativa para tal medida. Em entrevista, Haddad destacou que o projeto em tramitação na Câmara dos Deputados prevê a possibilidade de exonerar diretores do BC por decisão do Congresso Nacional ‘quando a condução das atividades do Banco Central for incompatível com os interesses nacionais’. O ministro demonstrou receio em relação a essa iniciativa parlamentar, levantando a possibilidade de estar associada às negociações em curso para a venda de ativos do Banco Master ao BRB, atualmente em análise pelo BC. Haddad ressaltou a importância da autonomia e independência do Banco Central para a estabilidade econômica e enfatizou a necessidade de garantir que suas decisões sejam pautadas pelo interesse público, sem influências políticas. O ministro alertou para os potenciais impactos negativos que a aprovação desse projeto pode trazer não apenas para a instituição, mas também para a política monetária e a credibilidade do país. Diante desse cenário, Haddad pediu cautela e reflexão por parte dos legisladores antes de tomar qualquer decisão que possa comprometer a atuação do Banco Central e sua capacidade de conduzir a política econômica de forma eficaz e independente.