Festa Literária de Pirenópolis começa dia 21 de setembro

Com o tema “Literatura, Patrimônio e Inclusão”, a Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri) começa dia 21 e segue até o dia 24 de setembro na centenária cidade goiana. Esta será a nona edição do evento, que a cada ano cresce e atrai mais visitantes, além de envolver, todo ano, mais escritores, ilustradores, estudantes, professores e moradores daquela cidade. Até o momento, já confirmaram participação no evento 42 convidados, sendo 20 da Casa de Autores de Brasília, sete ilustradores e 15 escritores convidados. Dentre eles, o destaque é a premiada autora de livros infantojuvenis Roseana Murray, além da atriz, vlogueira, apresentadora e escritora juvenil Kéfera Buchmann.

Para este ano, a programação prevê uma intensa agenda de atividades, como palestras itinerantes de Roseana Murray, oficina para professores das redes municipal e estadual, o encontro de ilustradores e o debate principal desta edição, sobre o tema escolhido para este ano, com foco na inclusão, a ser conduzido pelo psicanalista William Amorim. Em relação ao outro eixo temático da Flipiri, a memória, haverá uma discussão sobre patrimônio a partir da exibição de um longa sobre a cidade de Pirenópolis, produzido pelo arquiteto Frederico de Holanda.

Já os jovens vão se deliciar com as dicas e conselhos da vida dos adolescentes, suas dúvidas e angústias com a youtuber e escritora Kéfera, uma das estrelas da Festa Literária de Pirenópolis. Também haverá o lançamento da antologia poética Um Feixe de Luz, concebida por vários artistas locais integrantes da Academia Pirenopolina de Letras, o encontro de curadores de festas literárias, como as das cidades mineiras de Araxá e Uberlândia, Ponta Grossa (PR), Porto Alegre (RS) e, claro, a de Pirenópolis. A vasta programação terá ainda mesas de autógrafos com autores de Pirenópolis, Brasília e outras cidades – incluindo autores independentes – e apresentações de artistas goianos e de Pirenópolis, em especial.

Homenageados

Este ano, os artistas homenageados são os escritores Guido Heleno e Marieta Souza Amaral. Ele, nascido em Anápolis, faleceu recentemente e foi, além de escritor, professor, revisor, e intelectual reconhecido por onde passou, a exemplo de Belo Horizonte e Porto Alegre, cidades onde morou. Já Marieta é uma poetisa, escritora e contadora de causos de Pirenópolis, reconhecida com o título de mestre Griô (mestre da vida simples que passa suas experiências pela tradição oral).

Nesta edição, a itinerância, uma marca da Festa, continua com o Circuito Flipiri, que leva o evento para vários locais da cidade, seja na zona urbana ou na rural, a fim de envolver na literatura e em outras formas de expressão o máximo de pessoas possível. Também continua a doação de livros às bibliotecas escolares e outras instituições, prática que vem desde a primeira edição e que conseguiu, ao longo de oito anos, arrecadar mais de 5.400 livros, o que equivale a mais de R$ 135,5 mil.

A Flipiri é uma realização da Casa de Autores de Brasília e da Prefeitura de Pirenópolis. Tem o apoio institucional do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), produção do Instituto Pireneus e Arte Plena e apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ministério da Cultura e governo federal.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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