Ícones da MPB, Ivan Lins e Joyce Moreno encerram o Festival “Estilo Brasil” com apresentação no Ulysses Centro de Convenções no próximo dia 14 de dezembro, às 21h30. O show é o coroamento do evento que se propôs a valorizar a riqueza melódica, importância rítmica e pluralidade da nossa música, trazendo como referência dessa particularidade nomes como Chico César e Geraldo Azevedo, Paulinho da Viola, Ana Carolina, Poesia Acústica, entre tantos outros.
“É mais um festival e esses festivais são importantes para a renovação da música brasileira, evento para motivar os talentos, as pessoas que gostam de fazer música e percebem que podem ir mais longe”, elogia Ivan Lins ao DE. “Eventos assim são muito importantes na medida em que também trazem gente conhecida para se misturar com gente nova”, continua o artista.
Não é a primeira vez que Ivan Lins e Joyce Moreno se apresentam juntos. Em 2016, por exemplo, os dois fizeram dobradinha em Tóquio, no Japão, subindo no palco de um dos mais prestigiados clubes de jazz do mundo, o Blue Note.
“Apresentamos o nosso trabalho de uma maneira mais ampla e dentro de nossos estilos. Já fizemos esses espetáculos em outros lugares do mundo e sempre funcionou e funciona muito bem”, antecipa o artista. “É uma sinergia que funciona, a plateia vai gostar, vai ser um show bacana”, promete.
Filho de militar que quase abraçou a carreira de engenheiro químico, desde o início dos anos 70 o cantor e compositor tem se destacado como um dos grandes artistas da nossa música, com mais de 600 registros gravados.
Alguns desses sucessos serão lembrados em Brasília ao lado da amiga Joyce Moreno, que começou carreira profissional, imagina, como estagiária de Fernando Gabeira, no lendário Caderno B do extinto Jornal do Brasil. Sorte nossa que ela se apegou a um violão espanhol que guardava em casa e se encantou com João Gilberto e a turma da Bossa Nova.
Diga-se de passagem, a cantora e compositora gravou este ano single em homenagem ao pai da Bossa Nova. O registro, intitulado “Um Abraço do João”, foi escrito a quatro mãos com o amigo de longa data Jards Macalé, que fez primeiro a música e pediu que Joyce fizesse a letra.
“Como coincidências não existem… gravamos no dia do aniversário do João Gilberto, e só descobrimos isso depois. Foi um abraço do astral mesmo”, lembra a cantora. “João foi um dos grandes mestres da nossa geração, eu e Jards Macalé tivemos essa sorte de ter estado com ele em vários momentos. Posso dizer que era uma pessoa muito especial e diferente. Genial”, conta.