Festival Fica acontece pela primeira vez de maneira remota em Goiás

O secretário de Estado de Cultura de Goiás, Adriano Baldy, falou com o Diário do Estado nesta quinta-feira, dia 12, para contar todas as novidades sobre a 21ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, O Fica. “O governador Ronaldo Caiado tinha garantido os recursos para a realização presencial do Fica neste ano, na Cidade de Goiás. Infelizmente, pelo momento de pandemia, nós não pudemos realizar e tivemos que nos reinventar e realizar o primeiro Fica digital”, conta.

O evento vai ser totalmente transmitido nas plataformas virtuais da Secretaria de Estado de Cultura. “Todas as palestras, todos os cursos e todas as exibições vão ser transmitidas assim. Neste ano, uma novidade é que todos os 37 selecionados para as duas premiações já receberam um prêmio de seleção de 2 mil reais. A gente quis aumentar a base de premiação para ajudar mais o setor (cinema) neste momento difícil”, conclui Adriano.

As duas categorias do festival são o Prêmio José Petrillo e o Prêmio Fifi Cunha. No dia 3 de novembro, o anúncio das produções selecionadas foi feito no canal da Secult no YouTube, e contou com a participação do DJ Alok, que é neto de José Petrillo, cineasta dono do nome que batiza um dos prêmios.

O secretário de cultura aproveitou para divulgar uma oportunidade aos artistas goianos neste tempo de dificuldades de emprego pro conta da pandemia. “Estamos com edital aberto da Lei Aldir Blanc, que é um edital de socorro para o setor cultural. Nós temos R$ 9,8 milhões, mais de 2 mil prêmios nos mais diversos setores da cultura e da economia criativa”, anuncia. Participe clicando por aqui, ou ainda neste link, se você trabalha com cultura e deseja solicitar o auxílio da lei.

O Fica acontece de 16 a 21 de novembro de 2020. O público poderá acompanhar exibição de mostras de filmes pela plataforma Vimeo, e participar gratuitamente de uma série de oficinas, mesas e palestras sobre cinema e meio ambiente, através YouTube da Secult Goiás. Veja a programação completa do evento clicando aqui!

E veja a entrevista na íntegra:

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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