Feto é encontrado dentro de carro por aplicativo em Rio Branco, no Acre

feto

A Polícia Civil do Acre está investigando o abandono de um feto de 18 semanas dentro de um carro de corrida por aplicativo em Rio Branco. A suspeita é que a mãe da criança tenha deixado a criança no assoalho do veículo antes de descer em frente a uma maternidade. Uma perícia já foi realizada no automóvel.

 

Uma passageira alertou o motorista do aplicativo sobre o corpo do feto visto por ela no último domingo, 19. Ela teria sido a terceira pessoa a entrar no carro naquele dia. O motorista acredita que a mulher, se aparentemente 25 anos, que desembarcou em um hospital da capital acreana seja a autora do crime.

 

“Ela desembarcou com a mão no abdômen. Disse que estava sentindo dor e que queria ser atendida. Perguntei se ela estava grávida e ela disse que não sabia, estava com dor e sangrando. Então, deixei a passageira no local. Só que foi minha última viagem. Pela forma que ocorreu, acredito que ela já estava com o feto na mão e o deixou dentro do carro, porque não tinha marca de sangue, nem nada”, disse em entrevista ao  jornal Gazeta do Acre.

 

Ao G1 Acre, a passageira que seguia para o salão de beleza disse que notou o feto ao deixar a bolsa ao lado no banco.”Percebi um negócio vermelho e disse ‘um feto aqui’. Quando a gente viu, se tratava de um feto mais ou menos de 18 semanas, masculino”, afirmou.

 

Não há indícios de que o parto tenha ocorrido no carro porque os peritos não encontraram líquido amniótico nem marca de sangue no tapete ou estofado do veículo. O corpo do feto foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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