‘FGTS era para casa própria e hoje pessoas sacam para ter o que comer’, diz Renan Calheiros

Neste sábado, 28, logo após o Governo Federal liberar mais um saque extraordinário de até R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o senador por Alagoas, Renan Calheiros (MDB), utilizou as redes sociais para uma reflexão tão certa, quanto crítica.

“Até poucos anos atrás as pessoas sacavam FGTS para adquirir casa própria no Minha Casa Minha Vida. Hoje sacam para ter o que comer. No desespero, têm que usar sua última reserva para escapar da fome. Resultado do salário curto, da inflação e do desemprego em 3 anos de Bolsonaro”, afirmou o parlamentar em sua conta no Twitter.

O senador Renan Calheiros ainda destacou que o dinheiro advindo do Fundo de Garantia era uma reserva para os trabalhadores, mas por conta do desastre econômico, acabou se transformando em um meio para escapar da fome.

‘Bolsonaro copia o nazismo’

Um dos principais críticos, hoje, à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), Renan Calheiros já havia utilizado o Twitter, dois dias antes, para comentar a morte de Genivaldo de Jesus Santos, em ação lamentável e desastrosa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no estado do Sergipe.

Para o senador, Bolsonaro “copia o nazismo na mentira”, na “militarização”, em “culpar a esquerda pelos fracassos”, ao “perseguir minorias”, e aplaudir o “extermínio e a matança”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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