FGTS retido por saque-aniversário poderá ser liberado para 13 milhões de trabalhadores em 2026

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, planeja solicitar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a liberação do dinheiro retido no FGTS para quem aderiu ao saque-aniversário e foi demitido. A expectativa é de que cerca de 13 milhões de trabalhadores sejam beneficiados com essa medida. Marinho estima que os valores poderão ser pagos logo no primeiro trimestre de 2026, totalizando aproximadamente R$ 6,5 bilhões. Durante a apresentação dos dados de emprego e desemprego pelo Caged, o ministro destacou: “Tem a possibilidade, no começo do ano, de a gente criar condição, discutir com o presidente de novo e liberar esse recurso também para essas famílias”. Marinho explicou que, neste ano, não foi possível realizar a liberação devido ao pagamento de R$ 12 bilhões em FGTS retido para 12,1 milhões de profissionais em março, o que impede a repetição da medida.
Após as mudanças nas regras do saque-aniversário do FGTS em outubro, que limitaram a antecipação dos valores para até cinco anos com parcelas de até R$ 500 por ano, o MTE estima que até 2030, R$ 84,6 bilhões deixarão de sair do fundo para as instituições financeiras e serão repassados aos trabalhadores. Até 2025, as operações envolvendo o empréstimo do saque-aniversário somaram R$ 236 bilhões. O FGTS conta atualmente com 42 milhões de trabalhadores ativos, com 21,5 milhões deles já tendo aderido à modalidade de saque-aniversário. Com 29 milhões de trabalhadores somando os inativos, sete em cada dez trabalhadores realizaram empréstimos. A média de empréstimo é de 7,9 saques-aniversários por trabalhador, com a maioria das antecipações ficando em torno de R$ 100. Marinho criticou mais uma vez o saque-aniversário, destacando que tentou revogar a lei logo que assumiu o ministério em 2023, afirmando: “Depender da minha vontade política, já tinha acabado com o saque-aniversário puro e simples. Revogava a lei, ponto e acabou.”

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