FGTS: Trabalhadores têm até hoje para sacar dinheiro; confira se tem direito  

O último dia para trabalhadores sacarem até R$ 1 mil do saque extraordinário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) termina nesta quinta-feira, 15. Em todo o Brasil, 12 milhões de pessoas estão com cerca de R$ 8 bilhões aguardando a retirada, de acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF). Se não resgatado, o dinheiro retorna para o fundo.

O dinheiro começou a ser liberado conforme o mês de nascimento a partir de abril deste ano. Todos os trabalhadores com conta vinculada ao FGTS, ativa ou inativa, podem ter saldo disponível. A consulta pode ser feita pelo site e agências da Caixa ou pelo aplicativo do Fundo. O pagamento ocorre por meio do aplicativo Caixa Tem, Pix, em terminais de autoatendimento da Caixa e nas casas lotéricas.

A CEF informa que não é necessário requisitar o depósito do dinheiro, que pode ser usado para pagar boletos e contas ou fazer compras em estabelecimentos pelo aplicativo, pode ser transferido de conta, transferido ainda para outras contas bancárias da Caixa ou de outro banco ou ser sacado nos terminais de autoatendimento da Caixa e nas casas lotéricas.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Opinion Box, somente 17% dos entrevistados concordam com a aplicação do Fundo para o pagamento de dívidas. A maioria (45%) prefere usar o montante para comprar a casa própria, abrir um negócio (33%) ou fazer uma viagem internacional (17%).

A renda reserva é uma espécie de poupança alimentada por depósitos feitos pelo patrão em nome de seu funcionário e estará disponível para os empregados. A Medida Provisória (MP) do saque extraordinário foi assinada em março e inclui antecipação do 13º para aposentados e pensionistas do INSS, crédito para microempreendedores e empréstimos consignados para quem recebe benefícios assistenciais, como o Auxílio Brasil.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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