FGV indica pressão da conta de luz na inflação

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve ligeira elevação de 0,30%, na segunda prévia de maio, resultado 0,04 ponto percentual superior ao apurado na primeira prévia do mês (0,26%).
A pesquisa, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), refere-se às oscilações de preços verificadas no período de 16 de abril e 15 de maio e comparados aos 30 dias imediatamente anteriores, nas seguintes capitais: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

Quatro dos oito grupos pesquisados apresentaram avanços, com destaque para habitação (de -0,15% para para 0,44%) sob a influência, principalmente, da tarifa de eletricidade residencial. Após um recuo de 2,6%, na última pesquisa, as contas de luz tiveram alta de 1,52%. Houve elevação também em ritmo acima da apuração passada em vestuário (de -0,05% para 0,55%), despesas diversas (de 0,13% para 0,21%) e comunicação (de 1,14% para 1,22%).

Já no grupo alimentação, os reajustes perderam força. Na média, os preços subiram 0,16%, taxa bem abaixo do aumento registrado no último levantamento, quando a variação atingiu 0,56%. Em saúde e cuidados pessoais, foi registrado um aumento de 1,08%, inferior ao 1,2% da medição anterior. Nos demais grupos, ocorreram quedas: transportes (de -0,05% para -0,17%) e educação, leitura e recreação (de -0,48% para -0,53%).

Os itens com as maiores pressões inflacionárias foram: tarifa de eletricidade residencial (1,52%); batata-inglesa (21,79%); plano e seguro de saúde (0,99%); pacotes de telefonia fixa e internet (2,53%) e vasodilatador para pressão arterial (2,65%).

E no sentido oposto, os itens com as maiores retrações foram: passagem aérea (-16,67%); gasolina (-1,03%); laranja-pera (-8,86%); etanol (-2,08%) e perfume (-1,16).

Fonte: Agência Brasil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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