FHC sugere explicações e renúncia após acusações contra Temer

Por meio de postagem em uma rede social, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que os políticos atingidos pelas delações de executivos do frigorífico JBS “têm o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões” e que, se elas não forem convincentes, devem “facilitar a solução” para a crise política, nem que seja com a “renúncia” aos seus cargos.

Para Cardoso, “a solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito à Constituição.” “Se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia. O país tem pressa. Não para salvar alguém ou estancar investigações”, comentou o ex-presidente.

Ainda segundo ele, “é preciso saber com maior exatidão os fatos que afetaram tão profundamente nosso sistema político e causaram tanta indignação e decepção” e que é “preciso dar publicidade às gravações e ao fundamento das acusações”.

Acusações
Na quarta (17), o jornal “O Globo” revelou que o dono do JBS, Joesley Batista, gravou o presidente Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Batista, ainda de acordo com o jornal, também gravou o presidente do PSDB e senador afastado Aécio Neves pedindo R$ 2 milhões para pagar despesas com advogados. Aécio foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a irmã dele foi presa pela Polícia Federal.

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Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

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