Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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Idoso morre atropelado em faixa de pedestres em Uberlândia: impacto do acidente e apelo por segurança no trânsito

VÍDEO: Idoso morre após ser atropelado enquanto atravessava pela faixa de pedestres da Avenida Paulo Firmino, em Uberlândia

O acidente ocorreu na noite desta sexta-feira (10) no Bairro Jardim das Palmeiras. Com o impacto, o idoso girou no ar e foi lançado alguns metros à frente.

Um idoso de 75 anos morreu na noite desta sexta-feira (10) após ser atropelado por um carro na Avenida Paulo Firmino, no Bairro Jardim das Palmeiras, em Uberlândia. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros.

Em imagens registradas por câmeras de monitoramento, é possível ver o idoso atravessando a avenida pela faixa de pedestres quando é atropelado pelo veículo. Veja o vídeo acima.

Com a força do impacto o idoso girou no ar e foi lançado alguns metros à frente, caindo no asfalto.

O ocorrido traz à tona a questão da segurança no trânsito e a importância de respeitar as leis e sinalizações. Infelizmente, acidentes como esse são recorrentes e é fundamental que os motoristas redobrem a atenção ao trafegar por áreas urbanas, especialmente em locais onde há grande circulação de pedestres.

É essencial que as autoridades competentes façam campanhas educativas e intensifiquem a fiscalização para coibir condutas imprudentes no trânsito. A conscientização de todos os envolvidos, sejam motoristas, pedestres ou ciclistas, é fundamental para promover um trânsito mais seguro e evitar tragédias como a que vitimou o idoso na Avenida Paulo Firmino.

A sociedade como um todo precisa se engajar na promoção de um trânsito mais humanizado, onde o respeito mútuo e a empatia estejam sempre em primeiro lugar. É preciso que cada cidadão faça a sua parte, cumprindo as normas de trânsito e zelando pela vida das pessoas que compartilham as vias públicas. Juntos, podemos transformar a realidade e tornar as ruas e avenidas mais seguras para todos. Contudo, é necessário um esforço conjunto e contínuo para alcançar esse objetivo comum.

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