Fiat Strada é o carro mais vendido do Brasil pelo 3º ano consecutivo

Fiat Strada é o carro mais vendidos nos últimos três anos

O Fiat Strada é o veículo com maior número de unidades 0 km emplacadas nos últimos três anos, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Só em 2023, foram mais de 120 mil unidades novas vendidas em todo País. 

O número de unidades emplacadas cresceu gradativamente de 2021 para cá. Em 2022, foram mais de 112 mil novas unidades circulando nas ruas e, no ano anterior, 109.107. Em 2020, quando o carro mais vendido foi o Onix, da Chevrolet, “apenas” 80 mil novas unidades do Fiat Strada foram adquiridas. 

Carro mais vendido nos últimos 20 anos 

Considerando o acumulado entre 2003 e 2023, o Gol, da Volkswagen, foi o carro com maior número de unidades 0 km emplacadas no Brasil. Os dados apontam o carro da VW como o maior sucesso da indústria automobilística do País. 

O Gol liderou o ranking de emplacamento de carros 0 km de 1987, quando foi lançado, até 2014, ininterruptamente, quando o Palio, da Fiat, ocupou o primeiro lugar no ranking de emplacamentos acumulados no referido ano.

O ano de 2009 foi o recorde de emplacamento de Gol 0 km, totalizando 300 mil unidades, acumulando 3 milhões de Gols circulando nas pistas brasileiras. A partir desse ano, o número de emplacamentos começou a cair gradativamente até 2013, quando pouco mais de 255 mil unidades foram emplacadas. Entre 2015 e 2020, o carro mais vendido no Brasil foi o Onix.

Número de emplacamentos têm alta de 12% em 2023

De acordo com a Fenabrave, o ano de 2023 fechou com aumento de 12% no número de emplacamentos de carros 0 km em relação ao ano anterior. O crescimento foi observado em todos os segmentos de veículos, com exceção dos caminhões.  

Com base nisso, a Fenabrave prevê para 2024 um crescimento de 13,54% no setor, levando em consideração todos os segmentos somados. A projeção é de que sejam 4,5 milhões de novas unidades emplacadas no Brasil. Para o segmento de automóveis e comerciais leves, a entidade prevê um aumento de 12%, o que em número absolutos serão mais de 2,4 milhões de unidades emplacadas. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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