Fies: Restrição na seleção explica queda de contratos – Entenda!

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Fies: seleção mais restritiva explica encolhimento do programa

De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, os contratos passaram de 733 mil em 2014 para 50 mil em 2023. O número de pessoas que ingressaram no ensino superior com o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) despencou entre 2014 e 2023. Segundo o Mapa do Ensino Superior no Brasil, os contratos passaram de 733 mil para 50 mil.

O estudo ainda indicou 22 mil contratos em 2024. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Semesp, instituto que representa as mantenedoras de ensino superior do Brasil.

Em coletiva de imprensa, Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, explicou que um dos motivos para isso é a diminuição da oferta de vagas. Outra razão é que a política de seleção do Fies é restritiva.

“Passaram a ter uma lógica tão forte de restrição que parece financiamento privado. As pessoas não conseguem acessar o Fies”, comentou. “Para a maioria dos candidatos, o Fies não financia 100% do curso, só para quem tem meio salário mínimo de renda per capita”, disse o executivo, se referindo ao Fies Social.

Capelato afirmou que, muitas vezes, o financiamento de apenas 50% ou 60% do curso não é suficiente para o candidato, porque ele não consegue pagar o restante.

O estudo também indica que o número de matrículas com o ProUni (Programa Universidade para Todos) está caindo desde 2019. Naquele ano, foram 455.597 matrículas com bolsas parciais e 160.677 matrículas com bolsas totais, beneficiando mais de 616 mil estudantes. Já em 2023, o número passou para 337.602 bolsas parciais e 66.369 integrais, atingindo quase 404 mil pessoas.

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