Fifa proíbe Rússia de disputar eliminatórias da Copa do Mundo

A Fifa, organização que comanda o futebol mundial, proibiu a participação da Rússia nas eliminatória da Copa do Mundo deste ano. Antes da proibição, a entidade havia aplicado sanções contra o país, mas não havia chega ao ponto de retirar a seleção russa do jogos. A decisão vem no quinto dia da guerra no Leste Europeu.

As sanções determinavam que jogos envolvendo a Rússia não poderiam acontecer em território do país e seriam feitos com portões fechados. A seleção deveria competir com o nome União de Futebol da Rússia, o hino nacional não seria tocado antes das partidas e a bandeira do país não poderia ser exibida.

Em comunicado, a Fifa disse que “gostaria de reiterar sua condenação ao uso da força pela Rússia na invasão da Ucrânia. A violência nunca é uma solução e a Fifa expressa sua mais profunda solidariedade a todas as pessoas afetadas pelo que está acontecendo na Ucrânia”.

Seleções se negam a jogar contra Rússia

Mesmo antes da decisão anunciada pela Fifa, países anunciaram que se negariam a disputar partidas com a Rússia. A seleção russa tinha jogo previsto para 24 de março, nas semifinais de repescagem da Copa. A partida seria contra a Polônia, em Moscou, mas o país já havia anunciado que não disputaria partida contra os russos.

O mesmo foi feito pela Suécia, que enfrentaria a seleção russa no dia 29 de março, caso viesse a passar pela semifinal, e também pela República Tcheca. Ambos se recusaram a jogar contra a Rússia por uma vaga na Copa do Mundo do Qatar.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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