E na Copa de 2026? Como a Fifa vê as paralisações dos jogos, que têm sido motivo de críticas nos EUA
Entidade não espera mudança de regra, já que apenas um dos cinco estádios
afetados nesta Copa estará no Mundial; mesmo assim, tema pode ser levado em
conta ao definir horários dos jogos
Jogo entre Benfica e Chelsea é paralisado devido às condições climáticas
[https://s03.video.glbimg.com/x240/13717646.jpg]
Seis de 56 jogos disputados nesta Copa do Mundo de Clubes foram afetados por
paralisações devido ao “alerta de clima severo” nos Estados Unidos. Em alguns
casos, como em Benfica x Chelsea
[https://ge.globo.com/futebol/mundial-de-clubes/noticia/2025/06/28/condicao-climatica-paralisa-benfica-x-chelsea-a-cinco-minutos-do-fim.ghtml],
o atraso durou quase duas horas, interferindo no ritmo do confronto e, não à
toa, sendo motivo de crítica dos treinadores
[https://ge.globo.com/futebol/mundial-de-clubes/noticia/2025/06/28/tecnico-do-chelsea-detona-longas-paralisacoes-por-alerta-climatico-talvez-nao-seja-lugar-para-o-torneio.ghtml].
Naturalmente, há de se questionar: e na Copa do Mundo de 2026?
Os Estados Unidos sediarão o próximo Mundial, ao lado de México e Canadá, neste
mesmo período do ano. Procuramos a Fifa, portanto, para perguntar de que forma a
entidade tem visto as paralisações, e se há uma preocupação ou medidas
discutidas para minimizar o número de jogos paralisados em 2026.
Uma preocupação no caso de partidas que precisam acontecer de forma
simultânea, como a última rodada da fase de grupos, em que os jogos
ocorrem no mesmo horário porque interferem entre si na classificação. Para o
técnico do Chelsea, Enzo Maresca, elas fazem com que os jogos deixem de ser os
mesmos.
– Interrompe o ritmo. Os jogadores falam com os familiares, as pessoas começam a
correr, eles pegam celular. Isso não é algo que deveria acontecer. É algo novo,
difícil de entender. Entendo que seja por fins de segurança, mas se você
suspende seis, sete ou oito jogos, talvez este não seja o lugar para fazer a
competição – afirmou.
Nos Estados Unidos há um serviço chamado Nowcasting, que faz a previsão de seis
a duas horas de antecedência, identificando o surgimento de condições climáticas
extremas que possam evoluir para uma tempestade com raios ou tornados. Uma base
acompanha as áreas, captadas por radares, e emite os alertas quando necessário.
Quando o alerta chega ao estádio, há um “unified command”, que é uma estrutura
de autoridade responsável por responder a incidentes. Formada, neste caso, por
representantes do Corpo de Bombeiros, meteorologistas, agentes de segurança da
Fifa e do estádio e o diretor da partida, que é quem se comunica com a
arbitragem para a ordem de paralisação.
AS PARALISAÇÕES ATRAPALHAM?
Elas podem ser uma preocupação no caso de partidas que precisam acontecer de
forma simultânea, como a última rodada da fase de grupos, em que os jogos
ocorrem no mesmo horário porque interferem entre si na classificação. Para o
técnico do Chelsea, Enzo Maresca, elas fazem com que os jogos deixem de ser os
mesmos.
– Interrompe o ritmo. Os jogadores falam com os familiares, as pessoas começam a
correr, eles pegam celular. Isso não é algo que deveria acontecer. É algo novo,
difícil de entender. Entendo que seja por fins de segurança, mas se você
suspende seis, sete ou oito jogos, talvez este não seja o lugar para fazer a
competição – afirmou.