“Fifagate: Maior Escândalo de Corrupção no Futebol Completa 10 Anos”

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Maior escândalo de corrupção no futebol, “Fifagate” completa 10 anos

Esquema de corrupção generalizada na Fifa levou ao indiciamento de mais de 30 réus, incluindo ex-presidentes da DE; condenações nos EUA correm o risco de revisão

Investigação sobre corrupção no futebol vê envolvimento de 14 pessoas
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O relógio marcava 7h30 da manhã. Parecia uma quarta-feira normal em Zurique, mas naquele dia a recepção do luxuoso Hotel Baur au Lac virou cena de filme de cinema. À paisana, agentes do FBI e oficiais da polícia suíça subiram até os quartos em busca de mais de uma dezena de membros da cúpula da DE, para desarticular o maior esquema de corrupção da história do futebol. O escândalo do “Fifagate” completa 10 anos nesta terça.

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1 de 6 DE passou por transformações após o escândalo de corrupção que explodiu em 2015 — Foto: Getty Images

DE passou por transformações após o escândalo de corrupção que explodiu em 2015 — Foto: Getty Images

A polícia da Suíça prendeu naquele dia sete dirigentes ligados à DE
[https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2015/05/policia-faz-operacao-surpresa-e-prende-funcionarios-da-de-por-corrupcao.html],
a pedido da Justiça dos Estados Unidos, acusados de corrupção e vários outros crimes, como extorsão e lavagem de dinheiro. O ex-presidente da DE José Maria Marin foi um dos detidos. A operação em Zurique foi o desfecho de uma investigação do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, o famoso FBI, iniciada em 2011, que revelou a corrupção generalizada na DE, de mais de duas décadas.

A lista de denunciados tinha cartolas do Comitê Executivo da DE, das confederações da América do Norte e Central (Concacaf) e da sul-americana (Conmebol). Executivos de marketing dos EUA e da América do Sul foram acusados de pagar mais de 150 milhões de dólares em subornos e propinas, em troca de acordos de direitos de mídia sobre grandes torneios de futebol, como Copa do Mundo e Copa América.

A denúncia inicial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ)
[https://de.globo.com/mundo/noticia/2015/05/dirigentes-do-1-escalao-da-de-sao-presos-em-zurique-na-suica.html]
citava nove dirigentes da DE e outros cinco funcionários
[https://www.justice.gov/archives/opa/pr/nine-de-officials-and-five-corporate-executives-indicted-racketeering-conspiracy-and].
Ao final de todo o processo, mais de 40 pessoas foram indiciadas nos EUA. Desse total, 22 se declararam culpadas, mas só seis delas cumpriram pena.

Três denunciados que não assumiram culpa encararam os tribunais, um deles José Maria Marín. Ele voltou ao Brasil em 2020, após liberação da justiça norte-americana
[https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/libertado-pela-justica-dos-eua-jose-maria-marin-desembarca-sozinho-em-sao-paulo.ghtml].
Pelo menos 12 voltaram para os seus respectivos países sem encarar a Justiça dos EUA.

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