Figurantes de filme sobre Bolsonaro se mobilizam para recorrer à Justiça por condições de trabalho e ‘surpresa’ com tema

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Pelo menos 14 figurantes que participaram das gravações de Dark Horse, a cinebiografia do ex-presidente Jair Bolsonaro, já se mobilizam para processar os produtores do filme, disseram dois deles à coluna. Segundo as fontes, que preferem não ser identificadas por temor de retaliação, os figurantes alegam ter sido submetidos a condições de trabalho inadequadas e ‘humilhantes’ no set — de agressões à proibição ostensiva do uso do celular, passando por restrições ao uso do banheiro —, além de terem sido surpreendidos com o tema do filme no momento das filmagens. A mobilização corrobora as diversas denúncias recebidas pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP), que recebeu relatos de agressões, atraso no pagamento e fornecimento de comida estragada a atores e figurantes. O sindicato chegou a enviar delegados sindicais ao set. Os figurantes foram submetidos a condições ‘inéditas’ no set de Dark Horse, segundo os profissionais ouvidos pela coluna. Passaram por revistas minuciosas para garantir que não acessassem seus celulares, que ficaram guardados por seguranças. Segundo uma das fontes, a ida ao banheiro era controlada e só autorizada sob supervisão e ‘em comboio’ — os profissionais precisavam esperar a formação de um grupo para que a ida fosse liberada.

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