Filarmônica de Goiás apresenta espetáculo Pioneiros nesta sexta, 24

A Orquestra Filarmônica de Goiás apresenta às 20h desta sexta-feira, 24, o espetáculo musical Pioneiros, no Teatro Goiânia. Em noite única, o público será envolvido por composições magníficas de Franz Liszt, Ruth Crawford Seeger, Samuel Coleridge-Taylor e Sibelius, destacando as contribuições inovadoras desses pioneiros musicais. A fusão de talento e maestria, sob a regência do maestro Neil Thomson, promete uma experiência envolvente e emocionante.

Este evento especial celebra não apenas a riqueza cultural, mas também destaca a excelência artística da Orquestra Filarmônica de Goiás. Os compositores do espetáculo “Pioneiros” quebraram fronteiras musicais e sociais.

Franz Liszt foi um compositor húngaro romântico e inventou o gênero do Poema Sinfônico. Prometeu é uma obra vividamente dramática, cheia de espírito romântico. Ruth Crawford Seeger foi uma das compositoras norte-americanas mais originais e ousadas do século XX. Mesmo negligenciada, ela escreveu músicas que estavam muito à frente de seu tempo. “O Andante para cordas foi escrito em 1931, mas poderia muito bem ter sido escrito na década de 1960”, diz o maestro Neil Thomson.

Reconhecimento

“Samuel Coleridge-Taylor foi, no início do século 20, o compositor britânico mais famoso do mundo e o primeiro compositor negro a alcançar a fama”, conta Thomson. “A Balada é uma de suas melhores obras”, completa. O Concerto Pioneiros termina com a Terceira Sinfonia de Sibelius. “Esse grande compositor finlandês utilizou a música folclórica e os padrões de fala da Finlândia natal para revitalizar o gênero sinfônico no início do século XX”, comenta o maestro.

Reconhecido internacionalmente como um dos melhores grupos orquestrais da América Latina, a Orquestra Filarmônica de Goiás recebeu críticas positivas da revista inglesa Gramophone, uma das maiores do mundo em música clássica. O grupo é ligado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação por meio da Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França, gerida pelo Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (CETT) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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