Filha de colecionador de arte e acusada de golpe milionário morre no Rio

A atriz Sabine Coll Boghici, acusada em um envolvimento de um golpe milionário contra a mãe, morreu, aos 49 anos, ao cair do 5° anda de um prédio, localizado na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, na tarde da última quinta-feira, 14.

Ela foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada em estado grave para o Hospital Municipal Miguel de Saúde, mas acabou falecendo. O caso está sendo investigado.

Sabine era casada com Rosa Stanesco Nicolau, que também foi acusada dos crimes contra a viúva do marchand, Geneviève Boghici.

Relembre a acusação

A filha do marchand Jean Bohici e da viúva Geneviève Boghici, de 83 anos, foi presa em agosto de 2022, após ser denunciada pela mãe, e conseguiu liberdade provisória em março deste ano. Geneviève Boghici, informou que sofreu um prejuízo avaliado R$725 milhões, entre quadros roubados e pagamentos sob extorsão.

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ)  alega que a atriz que planejou o crime, no início de 2020. Ela teve a ideia de contratar uma mulher para abordar a mãe no meio da rua, para se passar de vidente e informar sobre uma morte que estava prestes acontecer na família, no caso a Sabine. A “vidente”, era casada com Sabine.

Contudo, a viúva ao todo fez pagamentos que somados foram de R$ 5 milhões, em um intervalo de 15 dias. Após aplica o golpe na mãe, Sabine começou a isolar Geneviève, além de agredir e ameaçar a ela.

A corporação nomeou a Operação Sol Poente, nome do quadro da pintora Tarsila do Amaral, resgatado durante as investigações, foi descoberto também que além do golpe, Sabine roubou quadros e joias da mãe.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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