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Filha de Glauber Rocha fala sobre ditadura no Conversa com Bial

No “Conversa com Bial” desta quinta-feira, 19 de agosto, fez uma homenagem ao cineasta Glauber Rocha, um dos criadores do Cinema Novo. A homenagem foi feita próxima a data de falecimento do cineasta que completa 40 anos no próximo dia 22 de agosto.

Os filhos do artista, falaram sobre as importantes obras de Glauber , sobre o recente incêndio na Cinemateca Brasileira, que destruiu grande parte dos documentos e memória do trabalho do cineasta e relembraram momentos marcantes da convivência afetuosa com o pai.

A entrevista ainda mostrou um mini doc exclusivo, feito pela equipe do programa, acompanhando o processo final de restauração digital do filme “Deus e o diabo na terra do sol”, que será relançado no cinema.

Os longas “Terra em transe”, “O dragão da maldade contra o Santo Guerreiro” e “A idade da Terra” também foram revisitados na conversa.

Em um certo momento, a filha de Glauber relembrou o fato de que, no auge da Ditadura Militar no Brasil, o cineasta se exilou em Portugal após sofrer perseguições por parte do regime. Entretanto, três anos depois, Rocha elogiou o general Golbery do Couto e Silva, então secretário da Casa Civil e apertou a mão de João Figueiredo.

Isso gerou diversas críticas para ele, e de acordo com Paloma, “ele se imola politicamente, ele sofreu profundamente com isso”.

“Foi feito uma reunião em Paris com Jango, Francisco Julião e outras pessoas. Então decidiram que seria a frente liberal do exército que iria abrir o Brasil. Quem é que vai se colocar à disposição de lá estender a mão? O Glauber”, explicou ela, que também disse que o pai acabou ficando “Acuado no final da vida”.