Press "Enter" to skip to content

Filha de pastor apontado como lobista trabalha em gabinete do deputado federal João Campos

Última atualização 25/03/2022 | 14:39

Com trânsito livre nos corredores do Congresso Nacional, nos ministérios e no Palácio do Planalto, o pastor Gilmar Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil e pastor da Igreja Assembleia de Deus Cristo para Todos, no Jardim América, em Goiânia, circula na cúpula do poder em Goiás e em outros Estados da Federação.

Quézia Ribeiro dos Santos Costa, filha do pastor, é lotada em Brasília, no gabinete do deputado federal e também pastor e delegado João Campos (Republicanos).

Ela trabalha como secretária parlamentar desde junho do ano passado no gabinete e foi contratada com salário de pouco mais de R$ 2,5 mil por mérito, segundo o próprio deputado João Campos ao G1. O DE não conseguiu contato com Quézia.

Os pastores Gilmar e Arilton Moura, que é assessor político da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, fariam parte de um gabinete paralelo no Ministério da Educação, intermediando a liberação de verbas da pasta para municípios goianos.

Desde que o suposto tráfico de influência foi revelado pela imprensa, novas denúncias são realizadas contra os religiosos. Entre elas, a de pedido de propina entre R$ 15 mil e R$ 40 mil para intermediar a liberação de recursos federais para a área da Educação nos municípios. Houve também pedido compra de Bíblias e de um quilo de ouro como “oferta” para a construção de igreja.

O pastor Gilmar, por meio de nota em suas redes sociais, nega que tenha pedido propina. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia autorizou na quinta-feira (24), a abertura de inquérito para investigar o ministro da Educação, Milton Ribeiro.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura da investigação, após a publicação de matérias na imprensa sobre suposto favorecimento na liberação de recursos para prefeituras de municípios por meio da intermediação de dois pastores. Ambos também são alvo do inquérito. Na decisão, a ministra também autorizou a oitiva dos citados e de cinco prefeitos.