Filho de Bolsonaro ameaça Junio Bozzella de morte, em São Paulo
Um encontro inesperado entre os deputados Eduardo Bolsonaro e Junior Bozzella, no aeroporto de Congonhas, terminou com o registro de um boletim de ocorrência na Polícia Civil do estado de São Paulo. Segundo Bozzella, o filho do presidente Jair Bolsonaro o teria aemaçado de morte durante o desembarque de um voo que trazia ambos de Brasília. Eduardo disse que o que houve foi um encontro casual que deu errado.
Ao desembarcar no aeroporto, Eduardo Bolsonaro teria visto Bozzella e tentado cumprimentá-lo, sendo prontalmente ignorado. O parlamentar ainda disse à polícia que não existem testemunhas ou filmagens que comprovem a ameaça. Já Bozzella, credita a ameaça à sua ação contra o chamado “gabinete do ódio”, que seria comandado por Bolsonaro e seus aliados na Assembléia Legislativa do estado (Alesp).
O deputado Bozzella também se mostrou irritado porque o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), teria retirado sua escolta. “E está tudo documentado. Ele retirou minha escolta por que? Só porque eu apoiei o Balei Rossi?”, questionou Bazzella.
Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.
Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.