Filho de ex-namorada de Jairinho era torturado por vereador

Débora Mello Saraiva é ex-namorada e amante do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. Em entrevista ao ‘Cidade Alerta’ da Record, na quinta-feira(15), ela declarou que foi agredida e teve o filho torturado pelo parlamentar. Segundo Débora, Jairinho chegou a colocar papel e pano na boca do menino, que já havia sido dominado pelo ele com o peso de seu corpo.

As informações batem com o que foi dito no depoimento prestado por ela a 16a Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca, no dia 22 de março. Débora deve ser ouvida novamente, para as investigações do caso do menino Henry.

“Eu não disse (na delegacia) que era agredida. Preferi não dizer para me proteger. Apesar de estar aliviada por ter falado eu sei que posso contribuir falando isso. Mas continuo sentido medo, não sei o que pode acontecer e o que ele pode fazer. Ele é influente, eu tenho medo”, declarou a mulher.

Para ela, Jairinho é uma pessoa mentirosa, agressiva, e ruim. “Me fez muito mal, perdi seis anos da minha vida. Acho que ele tem que pagar por tudo o que ele fez”, concluiu Débora.

 

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp