A investigação conduzida pelas autoridades tailandesas revelou detalhes perturbadores do crime. Sancho Bronchalo, de 29 anos, alegou ter matado Arrieta Arteaga, de 44 anos, em legítima defesa durante uma discussão. Segundo o relato do espanhol, o desentendimento teria ocorrido após a vítima ter feito exigências que o deixaram desconfortável. No entanto, a versão apresentada por Sancho Bronchalo foi contestada pela acusação, que apontou para a violência desproporcional empregada no crime.

O crime, marcado por requintes de crueldade, envolveu golpes na cabeça e o posterior esquartejamento do corpo da vítima. As evidências coletadas pela polícia tailandesa, incluindo imagens de câmeras de segurança e vestígios encontrados no quarto de hotel onde o crime ocorreu, corroboraram a tese de homicídio doloso.

As imagens mostram Sancho Bronchalo comprando facas, sacos de lixo e produtos de limpeza dias antes do crime, sugerindo premeditação. Além disso, a polícia encontrou partes do corpo de Arrieta Arteaga em um aterro sanitário local, reforçando a brutalidade do crime.

Julgamento

A brutalidade do crime, amplificada pela relação entre a vítima e o assassino, que se conheciam há pouco mais de um ano, chocou a opinião pública. Relatos indicam que Sancho Bronchalo e Arrieta Arteaga se conheceram através das redes sociais e mantinham um relacionamento próximo, viajando juntos para diversos destinos.

O julgamento de Daniel Sancho Bronchalo foi acompanhado de perto pela imprensa internacional, com destaque para a cobertura da mídia espanhola. O caso gerou grande comoção na Espanha, onde Rodolfo Sancho, pai do condenado, é um ator reconhecido por seus papéis em filmes e séries de televisão. A família de Sancho Bronchalo tem se mantido discreta desde o início do caso, evitando fazer declarações públicas sobre o crime ou a condenação.

Já a família de Arrieta, que buscava a pena de morte para Sancho, expressou alívio com a sentença, mas clama por justiça total. O caso, que atraiu a atenção da mídia internacional, coloca em evidência a complexidade dos crimes cometidos em terras estrangeiras e os desafios da justiça transnacional.

A sentença de prisão perpétua proferida pelo tribunal tailandês representa a punição máxima prevista para o crime de homicídio no país. A justiça tailandesa considerou a gravidade do crime, a frieza demonstrada por Sancho Bronchalo ao confessar o assassinato e esquartejar o corpo da vítima, e a comoção social gerada pelo caso para justificar a pena máxima. A defesa de Sancho Bronchalo anunciou que irá recorrer da decisão, buscando a redução da pena.