Filho de procuradora aposentada é preso por suspeita de tráfico de drogas em Goiânia

A Polícia Civil e a Polícia Militar prenderam um homem suspeito de tráfico de drogas em Goiânia. O filho de uma procuradora aposentada foi detido com haxixe e THC em um apartamento no Setor Bela Vista. Uma mulher também foi presa no Setor Bueno com drogas que seriam do suspeito. A ação policial aconteceu na noite de quarta-feira, 11, após denúncia anônima.
 
A polícia chegou ao suspeito no Setor Bela Vista após receber informações sobre a venda de drogas na região. Durante a abordagem, o jovem tentou se desfazer de um celular, jogando-o no chão e pisando no aparelho. Os policiais encontraram haxixe, conhecido como “super maconha”, com o suspeito. Em seguida, realizaram uma busca em seu apartamento, onde apreenderam 71 gramas de haxixe e 30 frascos de THC, substância psicotrópica encontrada na maconha. Estima-se que o haxixe seja comercializado por R$ 95 por grama, e cada frasco de THC por R$ 259.
 
No Setor Bueno, uma mulher também foi presa. Ela estava com 35 gramas de haxixe e uma balança de precisão. Em depoimento, a mulher afirmou que guardava os itens a pedido do suspeito preso no Setor Bela Vista. Ambos foram autuados por tráfico de drogas.
 
Investigações da Polícia revelaram que o filho da procuradora já havia sido preso outras três vezes por tráfico de drogas. Em ocasiões anteriores, ele conseguiu evitar condenações criminais. A identidade dos envolvidos não foi divulgada. A PC segue investigando o caso para identificar outros envolvidos na rede de tráfico de drogas.
 
A operação policial demonstra a importância da denúncia anônima no combate ao tráfico de drogas. A prisão do filho da procuradora evidencia que a lei se aplica a todos, independentemente de classe social ou posição familiar.

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Justiça condena ex-assessor de Bolsonaro por gesto associado ao supremacismo branco

A Justiça Federal do Distrito Federal condenou Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo crime de racismo. A decisão foi proferida pelo juiz David Wilson de Abreu Pardo, da 12ª Vara Federal de Brasília. Martins foi acusado de fazer um gesto durante uma sessão do Senado, em 2021, que foi associado a símbolos utilizados por supremacistas brancos.

Na época, Martins ocupava o cargo de assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República. O ato foi enquadrado em um crime previsto na Lei do Racismo, que trata de “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Pena

O juiz determinou uma pena de 2 anos e 4 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial aberto. A prisão foi substituída pela prestação de 850 horas de serviços comunitários e pelo pagamento de R$ 1 mil mensais, durante 14 meses, a uma instituição social indicada pela Justiça. Martins também deverá pagar uma multa de R$ 8.250 e uma indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil.

Na decisão, o magistrado ressaltou que o gesto, considerado supremacista, carrega uma intenção preconceituosa e de discriminação. “Uma manifestação pública e intencional, com sentido de que pessoas brancas são superiores, revela o preconceito e estimula ideias preconceituosas preexistentes”, afirmou o juiz.

Ele destacou ainda o impacto social do caso, considerando a posição de Martins como funcionário de alto escalão do Estado e o contexto de transmissão pública do ato. “Essa manifestação afeta o autorrespeito das pessoas e viola sua dignidade”, concluiu o magistrado.

Defesa e reação

A defesa de Filipe Martins criticou a decisão, classificando-a como um “ataque frontal” ao Direito Penal. Os advogados argumentaram que o gesto em questão possui múltiplos significados, é culturalmente desprovido de caráter ofensivo no Brasil e foi realizado de forma involuntária.

“Se prevalecer o entendimento adotado, qualquer cidadão poderá ser preso com base em interpretações fantasiosas de suas palavras e gestos”, afirmou a defesa, que confirmou que irá recorrer da decisão.

Histórico do caso

Filipe Martins havia sido absolvido em 2021 pelo juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, que considerou que não havia provas suficientes para o crime, apenas uma interpretação do Ministério Público Federal (MPF). Entretanto, o MPF recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que derrubou a absolvição e determinou a retomada da ação penal.

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